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28/03/2005
-
09h37
AMARÍLIS LAGE
da Folha de S.Paulo
A sinagoga Beth-El, no centro da cidade de São Paulo, será transformada em museu --com previsão de inauguração para o meio do próximo ano.
Esse será o primeiro museu da cultura judaica do Estado e também o maior da América Latina sobre o assunto, afirma a historiadora Roberta Sundfeld, 44, vice-presidente da Associação Amigos do Museu Judaico de São Paulo.
A entidade, fundada em 2000, escolheu a sinagoga para abrigar o projeto do novo museu como uma forma de revitalizar o local, já que os cultos estavam sendo pouco freqüentados.
"A comunidade judaica antes se concentrava no centro, mas agora mora em outros bairros", afirma Roberta Sundfeld.
"Para atrair o público, nós trouxemos coral, teatro, rabino moderno, rabino conservador. Nada disso adiantou", afirma a historiadora, que também integra o conselho diretor da Beth-El --que significa "casa de Deus".
A proposta, com essa iniciativa, é atrair justamente quem ainda não conhece o judaísmo.
Um dos espaços do museu será destinado à apresentação dos principais ritos e festas da cultura judaica. Outra área será dedicada à história dos imigrantes judeus em São Paulo --uma "rua" típica dos anos 30 e 40, época em que muitos judeus chegaram à cidade, será reproduzida no local.
Os cultos continuarão a ser realizados no local durante o Hosh Hashaná (o Ano Novo judaico) e o Yom Kipur (o Dia do Perdão), ambos celebrados em meados de setembro e de outubro.
História
Projetado em 1929 pelo russo Samuel Roder, a convite de um grupo formado pelas famílias Klabin, Lafer, Segall e Feffer, a sinagoga é alvo atualmente de processo de tombamento pelo Conpresp (conselho municipal de preservação do patrimônio).
O prédio possui cinco andares. Devido a um desnível do solo, porém, os três primeiros estão quase completamente no subsolo e têm apenas um "paredão" com vista para a avenida 9 de Julho.
A entrada principal, localizada na rua Martinho Prado, leva ao quarto andar (considerado o térreo), onde funciona o salão dos homens. Acima dele, está a ala destinada às mulheres.
Esses dois últimos pisos constituem uma construção em estilo bizantino que guarda uma curiosidade: vários aspectos arquitetônicos do local estão ligados ao número sete, que, para Roder, tinha um significado especial.
O próprio formato em que foram construídos o prédio e as torres, por exemplo, é heptagonal.
Segundo Sundfeld, as verbas para a obra serão captadas junto a lei Rouanet, Mendonça e doações.
Concurso
Um concurso entre escritórios de arquitetura está sendo feito para adaptar o prédio. Um membro do DPH (Departamento de Patrimônio Histórico) integra o júri, já que o edifício está em processo de tombamento.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Departamento do Patrimônio Histórico
Sinagoga será transformada em museu em São Paulo
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da Folha de S.Paulo
A sinagoga Beth-El, no centro da cidade de São Paulo, será transformada em museu --com previsão de inauguração para o meio do próximo ano.
Esse será o primeiro museu da cultura judaica do Estado e também o maior da América Latina sobre o assunto, afirma a historiadora Roberta Sundfeld, 44, vice-presidente da Associação Amigos do Museu Judaico de São Paulo.
A entidade, fundada em 2000, escolheu a sinagoga para abrigar o projeto do novo museu como uma forma de revitalizar o local, já que os cultos estavam sendo pouco freqüentados.
"A comunidade judaica antes se concentrava no centro, mas agora mora em outros bairros", afirma Roberta Sundfeld.
"Para atrair o público, nós trouxemos coral, teatro, rabino moderno, rabino conservador. Nada disso adiantou", afirma a historiadora, que também integra o conselho diretor da Beth-El --que significa "casa de Deus".
A proposta, com essa iniciativa, é atrair justamente quem ainda não conhece o judaísmo.
Um dos espaços do museu será destinado à apresentação dos principais ritos e festas da cultura judaica. Outra área será dedicada à história dos imigrantes judeus em São Paulo --uma "rua" típica dos anos 30 e 40, época em que muitos judeus chegaram à cidade, será reproduzida no local.
Os cultos continuarão a ser realizados no local durante o Hosh Hashaná (o Ano Novo judaico) e o Yom Kipur (o Dia do Perdão), ambos celebrados em meados de setembro e de outubro.
História
Projetado em 1929 pelo russo Samuel Roder, a convite de um grupo formado pelas famílias Klabin, Lafer, Segall e Feffer, a sinagoga é alvo atualmente de processo de tombamento pelo Conpresp (conselho municipal de preservação do patrimônio).
O prédio possui cinco andares. Devido a um desnível do solo, porém, os três primeiros estão quase completamente no subsolo e têm apenas um "paredão" com vista para a avenida 9 de Julho.
A entrada principal, localizada na rua Martinho Prado, leva ao quarto andar (considerado o térreo), onde funciona o salão dos homens. Acima dele, está a ala destinada às mulheres.
Esses dois últimos pisos constituem uma construção em estilo bizantino que guarda uma curiosidade: vários aspectos arquitetônicos do local estão ligados ao número sete, que, para Roder, tinha um significado especial.
O próprio formato em que foram construídos o prédio e as torres, por exemplo, é heptagonal.
Segundo Sundfeld, as verbas para a obra serão captadas junto a lei Rouanet, Mendonça e doações.
Concurso
Um concurso entre escritórios de arquitetura está sendo feito para adaptar o prédio. Um membro do DPH (Departamento de Patrimônio Histórico) integra o júri, já que o edifício está em processo de tombamento.
Especial
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