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06/04/2005 - 09h46

Após surto, secretaria recomenda evitar consumo de peixe cru em casa

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FERNANDA BASSETTE
VICTOR RAMOS
da Folha de S.Paulo

Em razão do surto de infecção causado pelo consumo de peixe cru, defumado ou mal-cozido em São Paulo, o Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde (SP) recomenda que o prato não seja preparado em casa.

Segundo a Vigilância Sanitária, deve-se optar por consumir o alimento em restaurantes, que têm normalmente mais condições para obter a temperatura ideal de congelamento do peixe.

Uma norma preventiva será publicada hoje no site do órgão orientando os consumidores e os proprietários de restaurantes de comida japonesa a congelarem o alimento a pelo menos -18ºC antes de prepará-lo. Não há garantias de que o refrigerador caseiro atinja a temperatura adequada.

A indústria de eletrodomésticos aponta que os freezers domésticos (geladeira com duas portas) podem chegar a uma temperatura de até -18C, mas nem sempre isso acontece. Os congeladores comuns, de geladeiras mais antigas, atingem -6C.

O congelamento é necessário para tentar conter a doença difilobotríase, pois interrompe o ciclo do parasita Diphyllobothrium spp, a tênia do peixe.

O principal suspeito de ser o transmissor da parasitose é o salmão importado do Chile, país que é o principal fornecedor do peixe para o Brasil. O salmão, ao lado do robalo, é apontado na literatura como o principal hospedeiro.

O Ministério da Agricultura vai exigir que os exportadores de salmão utilizem um rótulo no isopor onde o peixe é transportado informando a necessidade de congelamento antes do consumo.

Até 2003, o Brasil não tinha registrado nenhum caso autóctone da doença. Os dois casos notificados eram de estrangeiros, que comeram o peixe cru fora do país.

De março de 2004 até março de 2005, no entanto, foram confirmados 28 casos, 18 deles anotados no primeiro trimestre de 2005.

Os sintomas são percebidos de cinco a sete dias após a ingestão do peixe contaminado, segundo o médico patologista Jorge Luiz Mello Sampaio. Os sintomas, detectados em 20% dos casos, são desconforto e dor abdominal, flatulência e diarréia. Há também casos de vômito e anemia.

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