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08/04/2005 - 10h46

Empresa afirma que não vai se pronunciar agora

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da Folha de S.Paulo

A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público contra dois diretores e um gerente jurídico da Porto Seguro em que eles são acusados de integrar um esquema de fraude para evitar que segurados recebam indenizações por veículos roubados. Procurada pela Folha, a Porto Seguro afirmou que "a empresa continua sem ter acesso aos anexos do processo e aguardará a evolução do caso na Justiça para se pronunciar".

Após o Ministério Público apresentar a denúncia contra os acusados à Justiça, em 21 de março, a Porto Seguro emitiu uma nota de esclarecimento na qual afirmava estar "perplexa" com as acusações.

"A companhia não tem interesse em negar indenizações, pois seu trabalho se sustenta na credibilidade que nela depositam corretores e segurados. Somente no ano de 2004, foram indenizados 99,75% dos 249.495 sinistros reclamados na empresa, o que representou R$ 838.781.866,71. Apenas 0,25% do número total deixou de ser pago em função de irregularidades comprovadas. Por mês, a companhia paga, em média, R$ 80 milhões em indenizações a segurados de automóveis", diz a nota.

Os delegados Reinaldo Correa e Guaracy Moreira Filho não responderam às ligações da Folha. O delegado Enjolras Rello de Araújo disse, em relação aos inquéritos instaurados contra os segurados na época em que trabalhou no 27º DP, que "cumpriu seu dever". Todos os policiais denunciados, com exceção do escrivão Geraldo Picatiello Júnior --que está foragido-- continuam trabalhando normalmente.

O diretor da Corregedoria da Polícia Civil, delegado Rui Estanislau Silveira Mello, informou que existe uma apuração preliminar instaurada para apurar as responsabilidades dos policiais acusados.

Se a apuração preliminar concluir que houve envolvimento dos policiais denunciados pela Promotoria, é instaurado um procedimento administrativo que pode acarretar na demissão dos acusados.

"Encaminhamos ofício ao Poder Judiciário para obter cópia da denúncia e ouvir as pessoas que afirmam ter sido prejudicadas pelos policiais", explicou o delegado.

Silveira Mello disse também que a corregedoria já havia instaurado inquérito policial para apurar as denúncias. "O resultado das apurações acabaram anexados às investigações da Promotoria", disse.

O advogado André Luis Alves de Sousa, que defende o advogado Carlos Alberto Manfredini, afirmou que irá esperar a citação de seu cliente no processo para apresentar a defesa e "provar a sua inocência".

O advogado Fábio Roberto Pereira, que defende a WSN, não comentou o caso. Disse que faria isso hoje, após se reunir com sua cliente.

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