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17/04/2005 - 19h02

Moradores de Pelotas e de Porto Alegre protestam contra morte de cachorra

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da Folha de S.Paulo
da Folha Online

Moradores de Pelotas (271 km de Porto Alegre) e de Porto Alegre realizaram neste final de semana duas passeatas para protestar contra a morte de uma cachorra.

Uma das passetas, realizada ontem em Pelotas, reuniu cerca de 3.000 pessoas, segundo os organizadores. A outra aconteceu hoje em Porto Alegre e contou com a presença de cerca de 100 pessoas.

Preta, como era chamada a cadela de um ano e três meses, foi amarrada a um carro, com uma corda, por três homens e arrastada por ao menos seis quadras, conforme informações de testemunhas do crime à polícia.

A atrocidade, ocorrida na madrugada de 9 de março, chocou a população da cidade. Durante a manhã daquele dia foram recolhidas partes do corpo de Preta, que estava prenha.

De acordo com o relato do delegado Osmar Silveira dos Anjos, três suspeitos de ter praticado o crime já foram identificados. "Eles negaram a participação no ato, mas continuamos investigando." Um veículo também foi apreendido.

Segundo uma das organizadoras da passeata, Gabriela Lopes, 30, outra manifestação está marcada para o dia 8 de maio. "Nesta data fará quase dois meses da morte da Preta. Queremos justiça."

Silveira dos Anjos se negou a revelar os nomes dos suspeitos e a marca do carro apreendido em razão de, segundo ele, a investigação poder ser prejudicada com o vazamento das informações.

Se comprovada a participação dos três suspeitos na morte da cadela, o trio será indiciado por crime contra o meio ambiente e poderá, se condenado, cumprir pena de três meses a um ano de detenção, declarou o delegado.

Barbárie

Preta morava nas ruas e era cuidada por moradores de Pelotas. "Ela se alimentava aqui [loja de animais] e ia embora à noite", disse Michele Silva, 29, que tratava da cachorra.

Na madrugada do crime, Silva relatou ter visto um Ford Ka, azul, arrastando Preta pelas ruas. "Corremos, vimos que ela estava sendo puxada, chamamos a Brigada [polícia militar gaúcha], mas não conseguiram localizar o veículo."

Para ela, que é formada em zootecnia, o que fizeram com Preta foi uma barbárie "É algo jamais visto. O ser humano fazer uma coisa dessas, com um animal que não tem culpa de nada, esperando filhotes?"

Um site criado na internet (http://www.justicaparapreta.blogspot.com) conta a história de Preta e pede punição para os autores do crime.

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