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27/04/2005 - 13h26

Polícia e Ministério Público do Rio discutem inquérito sobre chacina

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da Folha Online

O secretário da Segurança Pública do Rio, Marcelo Itagiba, e o procurador-geral de Justiça, Marfan Vieira, devem se reunir na tarde desta quarta-feira com os promotores e delegados encarregados do inquérito da Polícia Civil que apura a chacina ocorrida no dia 31 de março na Baixada Fluminense. No total, 29 pessoas foram assassinadas em Nova Iguaçu e em Queimados.

Segundo a secretaria, a reunião servirá para avaliar os avanços nas investigações, a possibilidade de conclusão ou prorrogação do inquérito e a renovação das prisões temporárias dos 11 PMs indiciados.

A.C.Fernandes/Folha Imagem
O secretário da Segurança do Rio, Marcelo Itagiba
O secretário da Segurança do Rio, Marcelo Itagiba
Inquérito paralelo, conduzido pela PF (Polícia Federal), concluiu na semana passada que 9 dos 11 PMs são responsáveis pela chacina. A conclusão do inquérito gerou discordâncias entre PF e Estado.

Também nesta quarta-feira, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio, deputado Geraldo Moreira (PSB), deverá receber o superintendente da Polícia Federal no Estado, delegado José Milton Rodrigues, que fará uma exposição a respeito do andamento das investigações.

DNA

Exames realizados pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli encontraram em um Gol prata vestígios de sangue de duas vítimas da chacina.

O veículo fora emprestado no dia do crime ao PM Carlos Jorge de Carvalho, um dos 11 PMs indiciados pela Polícia Civil.

Laudo divulgado na terça-feira (26) apontou a identificação do DNA de Francisco José Silva Neto, 34, e Marco Aurélio Alves, 37, mortos em um lava-jato, em Queimados. As amostras colhidas no carro foram comparadas com o sangue de outras oito vítimas.

A suspeita é que, após dispararem contra diversas pessoas que estavam em um mesmo local, os PMs tenham caminhado entre os corpos, com o objetivo de identificar possíveis sobreviventes, segundo o diretor do DPTC (Departamento de Polícia Técnico-Científica), Roger Ancillotti.

Após o crime, um grupo de homens esteve nos diversos locais em que as mortes ocorreram recolhendo cápsulas de pistolas, na tentativa de "suprimir provas que levassem à autoria do crime", segundo a Secretaria Estadual da Segurança Pública.

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