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10/05/2005
-
00h22
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador
Tombado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) como patrimônio cultural da humanidade, o centro histórico de Salvador terá todos os seus acessos interditados definitivamente para veículos, de acordo com decisão tomada pela Prefeitura de Salvador.
A medida, adotada para preservar os 3.000 casarões dos séculos 16, 17 e 18 construídos no local, deve começar a vigorar nos próximos 30 dias --período estimado pelos técnicos da Secretaria Municipal dos Transportes para orientação à população e aos turistas.
"Os calçamentos das ruas, de paralelepípedos, estavam sofrendo afundamentos, e muitos casarões, apesar de restaurados, já apresentavam rachaduras visíveis por causa da trepidação provocada pelos automóveis", disse a superintendente de Engenharia de Tráfego de Salvador, Cristina Aragon.
Segundo Aragon, os fiscais da prefeitura somente vão permitir a circulação de carros de emergência (ambulâncias, veículos policiais e do Corpo de Bombeiros) e de carga, utilizados para abastecer os estabelecimentos comerciais instalados no Pelourinho, como é mais conhecido o centro histórico da capital baiana.
A superintendente disse que os freqüentadores do Pelourinho poderão deixar os seus carros nos estacionamentos que existem no centro histórico --as entradas são feitas por ruas laterais. "Existe uma capacidade ociosa de 50% nos estacionamentos."
Repercussão
O comerciante Clarindo Silva, que trabalha no Pelourinho há mais de 40 anos, disse que apóia a decisão da prefeitura. "É preciso preservar o patrimônio histórico e garantir a circulação de pedestres. Além de afundamentos nas ruas, os carros provocam rachaduras em pisos e galerias, prejuízos para as redes elétrica, hidráulica e telefônica [todas são subterrâneas] e riscos de desabamentos", disse Silva, que também é presidente da Associação de Comerciantes do Centro Histórico de Salvador.
Atualmente, trafegar ao Pelourinho é proibido duas vezes por semana --às terças e aos domingos. "A resposta tem sido positiva, os comerciantes entendem perfeitamente que, sem turistas, o prejuízo é muito grande. E, para atrair turistas, o centro histórico tem de estar preservado", disse Cristina Aragon.
Turismo
Os ônibus que transportam turistas para o Pelourinho também serão proibidos de entrar no centro histórico --todos deverão estacionar na praça da Sé, a menos de 500 metros do Terreiro de Jesus, onde começam as ruas de paralelepípedos.
A comerciante Maria do Carmo Oliveira, que trabalha em uma cantina do Pelourinho, disse que a medida adotada pela prefeitura é "arbitrária". "Os turistas querem conforto. Com a proibição, muitas pessoas que vinham curtir o Pelourinho no final de semana simplesmente vão procurar outros locais."
Durante mais de três meses, fiscais da prefeitura que trabalham no centro histórico também detectaram que proprietários de automóveis costumam utilizar as ladeiras centenárias do Pelourinho para "cortar caminho" para outros bairros. "Temos de preservar o maior conjunto arquitetônico barroco da América Latina. Uma cidade turística como Salvador tem sempre de oferecer o melhor para os seus visitantes", disse Cristina Aragon.
Todos os comerciantes, guias turísticos e visitantes do Pelourinho serão orientados sobre os locais de estacionamento. Panfletos e cartazes serão distribuídos no centro histórico com as informações e um mapa dos locais de estacionamento.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Pelourinho
Prefeitura de Salvador interdita acessos para veículos do Pelourinho
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da Agência Folha, em Salvador
Tombado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) como patrimônio cultural da humanidade, o centro histórico de Salvador terá todos os seus acessos interditados definitivamente para veículos, de acordo com decisão tomada pela Prefeitura de Salvador.
A medida, adotada para preservar os 3.000 casarões dos séculos 16, 17 e 18 construídos no local, deve começar a vigorar nos próximos 30 dias --período estimado pelos técnicos da Secretaria Municipal dos Transportes para orientação à população e aos turistas.
"Os calçamentos das ruas, de paralelepípedos, estavam sofrendo afundamentos, e muitos casarões, apesar de restaurados, já apresentavam rachaduras visíveis por causa da trepidação provocada pelos automóveis", disse a superintendente de Engenharia de Tráfego de Salvador, Cristina Aragon.
Segundo Aragon, os fiscais da prefeitura somente vão permitir a circulação de carros de emergência (ambulâncias, veículos policiais e do Corpo de Bombeiros) e de carga, utilizados para abastecer os estabelecimentos comerciais instalados no Pelourinho, como é mais conhecido o centro histórico da capital baiana.
A superintendente disse que os freqüentadores do Pelourinho poderão deixar os seus carros nos estacionamentos que existem no centro histórico --as entradas são feitas por ruas laterais. "Existe uma capacidade ociosa de 50% nos estacionamentos."
Repercussão
O comerciante Clarindo Silva, que trabalha no Pelourinho há mais de 40 anos, disse que apóia a decisão da prefeitura. "É preciso preservar o patrimônio histórico e garantir a circulação de pedestres. Além de afundamentos nas ruas, os carros provocam rachaduras em pisos e galerias, prejuízos para as redes elétrica, hidráulica e telefônica [todas são subterrâneas] e riscos de desabamentos", disse Silva, que também é presidente da Associação de Comerciantes do Centro Histórico de Salvador.
Atualmente, trafegar ao Pelourinho é proibido duas vezes por semana --às terças e aos domingos. "A resposta tem sido positiva, os comerciantes entendem perfeitamente que, sem turistas, o prejuízo é muito grande. E, para atrair turistas, o centro histórico tem de estar preservado", disse Cristina Aragon.
Turismo
Os ônibus que transportam turistas para o Pelourinho também serão proibidos de entrar no centro histórico --todos deverão estacionar na praça da Sé, a menos de 500 metros do Terreiro de Jesus, onde começam as ruas de paralelepípedos.
A comerciante Maria do Carmo Oliveira, que trabalha em uma cantina do Pelourinho, disse que a medida adotada pela prefeitura é "arbitrária". "Os turistas querem conforto. Com a proibição, muitas pessoas que vinham curtir o Pelourinho no final de semana simplesmente vão procurar outros locais."
Durante mais de três meses, fiscais da prefeitura que trabalham no centro histórico também detectaram que proprietários de automóveis costumam utilizar as ladeiras centenárias do Pelourinho para "cortar caminho" para outros bairros. "Temos de preservar o maior conjunto arquitetônico barroco da América Latina. Uma cidade turística como Salvador tem sempre de oferecer o melhor para os seus visitantes", disse Cristina Aragon.
Todos os comerciantes, guias turísticos e visitantes do Pelourinho serão orientados sobre os locais de estacionamento. Panfletos e cartazes serão distribuídos no centro histórico com as informações e um mapa dos locais de estacionamento.
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