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10/05/2005
-
18h43
da Folha Online
Doze funcionários da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) que ocupavam cargos na diretoria no complexo do Tatuapé (zona leste de São Paulo) foram demitidos nesta terça-feira. Trata-se de José Resende Filho, que dirigia o setor técnico do complexo, um assistente e diretores de dez das 14 unidades.
Em nota, a instituição afirma que as demissões ocorreram por "falta de empenho da equipe na implantação das medidas pedagógicas e de disciplina na rotina dos adolescentes, exigidas pelo presidente da fundação", Alexandre de Moraes.
Nesta madrugada, a instituição registrou sua 26ª rebelião. Destas, 15 ocorreram no complexo do Tatuapé e em apenas duas ocasiões ele não estava sob a direção de Resende Filho, que assumiu o cargo no dia 18 de fevereiro. Ainda na gestão dele, segundo a Febem, 441 conseguiram fugir. Em 2004, foram 28 rebeliões.
Oito funcionários haviam sido detidos para averiguação ainda ontem, durante uma revista realizada com o apoio da tropa de choque da Polícia Militar. A suspeita é que eles estivessem escondendo cinco celulares, relógios e correntes de ouro, cuja entrada é proibida, a pedido dos internos.
O clima no complexo segue tenso e, por volta das 17h30, a tropa de choque da PM voltou a ser acionada.
Demitidos
Os funcionários demitidos --sete mulheres e um homem-- teriam sido flagrados escondendo celulares pertencentes a internos, além de outros objetos cuja entrada é proibida, como relógios e correntes de ouro.
Os suspeitos, que trabalhavam há três meses na instituição, disseram à Polícia Civil que foram ameaçados pelos internos a guardar os objetos, pouco antes da entrada da tropa de choque da Polícia Militar, que auxiliou a vistoria no complexo. Eles foram ouvidos no 81º Distrito Policial (Belém) e liberados.
Após a revista, a Febem informou que foram apreendidos nas unidades 21 aparelhos celulares e 14 carregadores. Também foram localizados martelos, um alicate, chaves de fenda, naifas (estiletes improvisados) e barras de ferro.
Na semana passada, uma rebelião ocorrida no complexo deixou 40 funcionários e dez internos feridos.
Crise
As demissões ocorrem em meio a mais uma crise na fundação.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou que o presidente da instituição, Alexandre de Moraes, deixará o cargo até o próximo dia 2 para assumir uma vaga no Conselho Nacional de Justiça.
Celulares
Levantamento da Promotoria da Infância e Juventude de São Paulo sobre o descontrole nas unidades revelou que os celulares, velha ameaça nos presídios, onde é usado na preparação de rebeliões e fugas, agora coloca em risco a segurança nas unidades da Febem.
De acordo com o levantamento, neste início de ano, um aparelho foi apreendido a cada três dias, em média, só em três complexos da instituição na capital paulista --que abrigam mais de um terço de todas as unidades de internação do Estado.
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Doze funcionários da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) que ocupavam cargos na diretoria no complexo do Tatuapé (zona leste de São Paulo) foram demitidos nesta terça-feira. Trata-se de José Resende Filho, que dirigia o setor técnico do complexo, um assistente e diretores de dez das 14 unidades.
Em nota, a instituição afirma que as demissões ocorreram por "falta de empenho da equipe na implantação das medidas pedagógicas e de disciplina na rotina dos adolescentes, exigidas pelo presidente da fundação", Alexandre de Moraes.
Nesta madrugada, a instituição registrou sua 26ª rebelião. Destas, 15 ocorreram no complexo do Tatuapé e em apenas duas ocasiões ele não estava sob a direção de Resende Filho, que assumiu o cargo no dia 18 de fevereiro. Ainda na gestão dele, segundo a Febem, 441 conseguiram fugir. Em 2004, foram 28 rebeliões.
Oito funcionários haviam sido detidos para averiguação ainda ontem, durante uma revista realizada com o apoio da tropa de choque da Polícia Militar. A suspeita é que eles estivessem escondendo cinco celulares, relógios e correntes de ouro, cuja entrada é proibida, a pedido dos internos.
O clima no complexo segue tenso e, por volta das 17h30, a tropa de choque da PM voltou a ser acionada.
Demitidos
Os funcionários demitidos --sete mulheres e um homem-- teriam sido flagrados escondendo celulares pertencentes a internos, além de outros objetos cuja entrada é proibida, como relógios e correntes de ouro.
Os suspeitos, que trabalhavam há três meses na instituição, disseram à Polícia Civil que foram ameaçados pelos internos a guardar os objetos, pouco antes da entrada da tropa de choque da Polícia Militar, que auxiliou a vistoria no complexo. Eles foram ouvidos no 81º Distrito Policial (Belém) e liberados.
Após a revista, a Febem informou que foram apreendidos nas unidades 21 aparelhos celulares e 14 carregadores. Também foram localizados martelos, um alicate, chaves de fenda, naifas (estiletes improvisados) e barras de ferro.
Na semana passada, uma rebelião ocorrida no complexo deixou 40 funcionários e dez internos feridos.
Crise
As demissões ocorrem em meio a mais uma crise na fundação.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou que o presidente da instituição, Alexandre de Moraes, deixará o cargo até o próximo dia 2 para assumir uma vaga no Conselho Nacional de Justiça.
Celulares
Levantamento da Promotoria da Infância e Juventude de São Paulo sobre o descontrole nas unidades revelou que os celulares, velha ameaça nos presídios, onde é usado na preparação de rebeliões e fugas, agora coloca em risco a segurança nas unidades da Febem.
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