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15/05/2005 - 09h02

Estudantes criam sistema de carona on-line em SP

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FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S. Paulo

O papel colado com fita crepe nas paredes das faculdades, com a mensagem "ofereço carona", é coisa do passado. Na USP e na Unicamp, diariamente, estudantes combinam viagens curtas ou longas por meio da internet.

Cerca de 700 pessoas já estão cadastradas nos sistemas on-line. Para quem oferece a carona, há a vantagem de dividir o gasto com o combustível. Quem pede, ganha conforto e economiza tempo.

Os sistemas foram projetados por dois universitários. O pioneiro, João Penna Andrade, 25, utilizou seu trabalho de conclusão de curso na Unicamp (Universidade de Campinas) para criar o Central de Caronas. O serviço funciona desde novembro do ano passado -hoje, são 507 cadastrados.

João teve contato com o mecanismo em 2001, quando fez intercâmbio na Alemanha. Ao retornar ao Brasil, ele voltou a depender de caronas, já que é do Rio de Janeiro e estudava em Campinas (95 km de São Paulo). Foi aí que teve a idéia de adaptar o sistema.

Eduardo Cauli, 19, ouviu falar do site e decidiu criar o Carona USP, que começou a funcionar em março e tem hoje 200 cadastrados. A intenção dele, aluno de matemática computacional, é que pessoas de fora da universidade também usem o sistema. "Quem sabe não diminua um pouco o caos que é o trânsito na cidade?"

Os sistemas não têm relação com as universidades.

A estudante de letras Marina Paiva, 19, conseguiu, pelo Carona USP, dois companheiros para dividir o combustível do trajeto que dura 20 minutos. Os "caroneiros" são de ciências sociais. "Falamos "da vida" e sobre os cursos. Viramos amigos, saímos à noite."

Além da economia de dinheiro e de tempo, a carona estimula o convívio social, como ilustra o caso de Delma Fonseca, 26, aluna de matemática. Dependendo de ônibus e com medo de chegar de madrugada em casa, ela parou um motorista desconhecido na Cidade Universitária. O desconhecido se tornou conhecido; depois, amigo; e, finalmente, namorado. "Ele morava no Morumbi [zona oeste] e ia até o Paraíso [zona sul] para me deixar no metrô", lembra, rindo. O namoro durou dois anos.

Hoje procurando uma carona para o próximo feriado, Raphael Cerqueira, 23, é um "caroneiro" profissional. Foi assim que ele chegou ao Uruguai neste ano. Antes, quando morava no interior, pedia carona quase todo dia. "Conversava com uma velhinha sobre Deus, depois com um cara indo para balada."

Já Juliana Branco, 21, pretende encontrar no site "gente conhecida" para dar carona.

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