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27/09/2000
-
17h11
FABIANE LEITE
da Folha Online
O diretor executivo da Apeop (Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas), Carlos Eduardo Lima Jorge, diz que os quatro anos da gestão de Celso Pitta (PTN) na Prefeitura de São Paulo causaram a demissão de cerca de 15 mil trabalhadores do setor de construção civil.
De acordo com o diretor, as demissões teriam ocorrido em razão da prefeitura ter diminuído o ritmo de obras públicas. De acordo com Lima Jorge, a média histórica de investimento em obras da prefeitura é de R$ 1,1 bilhão por ano. Pitta teria diminuído os investimentos para R$ 350 milhões nos últimos dois anos, segundo o diretor.
"Pitta não fez nem pavimentação", disse o representante da Apeop. "Acho que nosso seguimento foi um dos que mais sofreu com esta administração da Prefeitura de São Paulo. Nos últimos anos, foi investido muito pouco, a maior parte, na verdade, foi administração de dívida. E as empresas sofreram com o ônus desta dívida."
A prefeitura quitou a dívida que tinha com a maior parte do setor. As construtoras Andrade Gutierrez, Camargo Correa, C.R. Almeida, Mendes Júnior, OAS, Cowan e Camargo Campos já não têm nada mais a receber da prefeitura.
Em 31 de dezembro do ano passado, a dívida com estas empreiteiras e também com as construtoras Constran e CBPO era de R$ 113,14 milhões.
As construtoras foram as principais contribuintes da campanha de Pitta. Deram mais de R$ 1,9 milhão para eleger o prefeito.
"O prefeito não tem culpa. Não dava para manter a velocidade das obras mantida pelo prefeito anterior", disse o secretário de Comunicação da prefeitura, Antenor Braido, citando o antecessor de Pitta e "padrinho" do prefeito, Paulo Maluf (PPB). "Pitta tinha de fazer escolas, manter a cidade."
A assessoria de imprensa de Maluf informou que uma pesquisa da própria Apeop, de 1996, mostrou que a prefeitura era responsável por 60% dos empregos do setor de construção civil no Estado e 19% desses empregos, na prefeitura. A assessoria não comentou o fato de Pitta dizer que foi imprimido ritmo intenso nas obras.
Segundo Lima Jorge, a informação sobre a perda de postos de trabalho é baseada em pesquisas mensais feitas pela associação, que reúne 300 construtoras, entre elas as maiores do país.
Juntas, as construtoras da associação, segundo o diretor, oferecem cerca de 45 mil empregos.
Lima Jorge diz que a associação já debateu com os cinco principais candidatos à Prefeitura de São Paulo. Para ele, a má situação financeira do município não permitirá novos investimentos se a prefeitura não fizer privatizações.
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Pitta causou 15 mil demissões na construção civil, diz associação
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O diretor executivo da Apeop (Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas), Carlos Eduardo Lima Jorge, diz que os quatro anos da gestão de Celso Pitta (PTN) na Prefeitura de São Paulo causaram a demissão de cerca de 15 mil trabalhadores do setor de construção civil.
De acordo com o diretor, as demissões teriam ocorrido em razão da prefeitura ter diminuído o ritmo de obras públicas. De acordo com Lima Jorge, a média histórica de investimento em obras da prefeitura é de R$ 1,1 bilhão por ano. Pitta teria diminuído os investimentos para R$ 350 milhões nos últimos dois anos, segundo o diretor.
"Pitta não fez nem pavimentação", disse o representante da Apeop. "Acho que nosso seguimento foi um dos que mais sofreu com esta administração da Prefeitura de São Paulo. Nos últimos anos, foi investido muito pouco, a maior parte, na verdade, foi administração de dívida. E as empresas sofreram com o ônus desta dívida."
A prefeitura quitou a dívida que tinha com a maior parte do setor. As construtoras Andrade Gutierrez, Camargo Correa, C.R. Almeida, Mendes Júnior, OAS, Cowan e Camargo Campos já não têm nada mais a receber da prefeitura.
Em 31 de dezembro do ano passado, a dívida com estas empreiteiras e também com as construtoras Constran e CBPO era de R$ 113,14 milhões.
As construtoras foram as principais contribuintes da campanha de Pitta. Deram mais de R$ 1,9 milhão para eleger o prefeito.
"O prefeito não tem culpa. Não dava para manter a velocidade das obras mantida pelo prefeito anterior", disse o secretário de Comunicação da prefeitura, Antenor Braido, citando o antecessor de Pitta e "padrinho" do prefeito, Paulo Maluf (PPB). "Pitta tinha de fazer escolas, manter a cidade."
A assessoria de imprensa de Maluf informou que uma pesquisa da própria Apeop, de 1996, mostrou que a prefeitura era responsável por 60% dos empregos do setor de construção civil no Estado e 19% desses empregos, na prefeitura. A assessoria não comentou o fato de Pitta dizer que foi imprimido ritmo intenso nas obras.
Segundo Lima Jorge, a informação sobre a perda de postos de trabalho é baseada em pesquisas mensais feitas pela associação, que reúne 300 construtoras, entre elas as maiores do país.
Juntas, as construtoras da associação, segundo o diretor, oferecem cerca de 45 mil empregos.
Lima Jorge diz que a associação já debateu com os cinco principais candidatos à Prefeitura de São Paulo. Para ele, a má situação financeira do município não permitirá novos investimentos se a prefeitura não fizer privatizações.
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