Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/06/2005 - 22h57

Terremoto no Chile causa tremores em diversos Estados do Brasil

Publicidade

da Folha Online

Leves tremores de terra atingiram diversos Estados do Brasil na noite desta segunda-feira. Trata-se de reflexos do terremoto que matou oito pessoas e destruiu 17 casas na região norte do Chile. Moradores de São Paulo, Paraná, Goiás e Distrito Federal já notificaram a ocorrência ao Observatório Sismológico da UnB (Universidade de Brasília).

Não há registros de vítimas ou prejuízos. O Palácio do Planalto não tem ainda informações sobre o caso. Leitores da Folha Online avisaram a redação sobre a ocorrência de tremores em regiões da capital e em cidades do interior paulista.

Segundo o Departamento de Emergências do Ministério do Interior, que fica em Santiago, capital chilena, o tremor, ocorrido às 18h48 locais [19h48 de Brasília] nas cidades de Iquique e Arica, no norte do país, atingiu 7,9 graus na escala Richter e 110 km de profundidade.

Para o professor Jesus Berrocal, do Departamento de Geofísica do IAG-USP (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo), o tremor é o segundo mais forte a atingir o país, mas as conseqüências foram mínimas. "Não passou de uma tontura."

Foi exatamente esta a sensação que o economista Eduardo Assumpção, 23, diz ter tido por volta das 20h, em seu apartamento localizado no 14º e 15º andares de um prédio na Vila Madalena (zona oeste de São Paulo).

"Quando fui até a sala para ver como minha mãe estava, percebemos que o lustre estava em movimento de pêndulo", conta. Folhas de plantas também estavam em movimento, ainda que as janelas permanecessem fechadas.

De acordo com a escala de Mercalli, que mede os efeitos do terremoto nas pessoas, no Chile, o terremoto teve uma magnitude de 10 a 11. Em São Paulo, a magnitude foi de 2 a 3. Tremores de magnitude 2 só são percebidos em locais altos e por quem está em repouso.

Assustados com a possibilidade de que a estrutura do prédio pudesse ser prejudicada, Assumpção e a mãe desceram pelas escadas. O corrimão vibrava. No térreo, vizinhos já aguardavam notícias sobre o ocorrido. "Sabia que devia ser reflexo de algum terremoto. Já aconteceu outras vezes", diz.

Em São Paulo, de acordo com Berrocal, as regiões central, norte e oeste, onde está localizada a avenida Paulista e bairros como Santana e Perdizes, respectivamente, e cidades como Campinas (95 km de São Paulo) e Ribeirão Preto (314 km de São Paulo) estão mais suscetíveis a este tipo de tremor.

O motivo é a localização, pois são regiões construídas sobre sedimentos --rochas não tão consolidadas.

Outros sustos

Em 23 de março, um terremoto de 5 graus na escala Richter assustou moradores de cinco municípios do norte de Mato Grosso. Foi o tremor mais forte no país em sete anos. Não houve feridos e o prejuízo se restringiu a rachaduras em casas e prédios públicos.

Segundo o Observatório Sismológico da UnB (Universidade de Brasília), o epicentro foi registrado em Porto dos Gaúchos (644 km de Cuiabá), onde há a mais intensa atividade sísmica do país.

Em 1998, aconteceu um abalo mais forte, de 5,1 graus na escala Richter. Foi lá também que se verificou o maior terremoto já registrado no Brasil, de 6,6 graus, em 1955.

Ainda em 2005, em 08 de fevereiro, um terremoto de 4,4 graus na escala Richter foi registrado na região central do Amazonas, no parque nacional do Jaú. O terremoto não causou prejuízos, por ter sido em uma área desabitada e a 18 km de profundidade.

Segundo Vasile Marza, do Observatório Sismológico da UnB, o tremor pode ter sido conseqüência do sismo que causou a tsunami, em 26 de dezembro de 2004. "Um sismo tão grande como o da Ásia [9,3 graus] afeta todo o sistema de esforço tectônico global".

Leia mais
  • Professor da USP diz que tremor "não passou de uma tontura"
  • Terremoto deixa oito mortos e destrói 17 casas no Chile

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre terremotos
  • Leia o que já foi publicado sobre terremotos no Brasil
  • Saiba mais sobre a escala Richter
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página