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05/07/2005 - 23h41

Igreja São Francisco de Assis reabre após um ano em MG

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EDUARDO DE OLIVEIRA
da Agência Folha

A Igreja de São Francisco de Assis, em Belo Horizonte (MG), foi reaberta na noite desta terça-feira para visitação, após ficar um ano fechada para reforma estrutural, que custou R$ 1,8 milhão.

A intervenção consistiu na abertura de duas juntas de dilatação (fendas de cerca de 6 mm) na estrutura da construção e o preenchimento delas --e de uma terceira já existente-- com neoprene, uma borracha sintética de alta resistência. Essas juntas possibilitam dilatações e contrações provocadas pelo calor e frio, sem causar danos à estrutura. Também foi inaugurada a nova iluminação externa da igreja.

A obra na igreja faz parte do projeto Pampulha para Todos, da Prefeitura de Belo Horizonte, em parceria com a Petrobras e Fundação Roberto Marinho. Prevê-se também a recuperação de toda a área da lagoa.

A igreja

Conhecida como Igrejinha da Pampulha --em referência ao bairro onde está localizada--, foi construída de 1943 a 1944, mas só foi aberta ao público em abril de 1959, devido a divergências entre clérigos sobre a pintura de são Francisco de Assis produzida por Cândido Portinari.

De acordo com o arquiteto Ulisses Lins, do Iepha-MG (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais), alguns críticos consideraram a feição do santo na tela como "muito moribunda".

A igreja foi construída a partir de um projeto do arquiteto Oscar Niemeyer e compõe o chamado Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Pampulha, tombado pelo Iepha-MG em junho de 1984 --também é tombado em âmbito federal e municipal.

Além da igreja, esse conjunto congrega o Cassino, a Casa do Baile --atual Centro de Referência de Arquitetura e Urbanismo--, o Iate Tênis Clube e seus jardins, além de obras e elementos ornamentais da Lagoa da Pampulha.

O projeto começou com a intenção do então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek (1902-76), de "modernizar" a cidade, no início da década de 1940. O prefeito recorreu então a Niemeyer.

Para pôr em prática sua idéia de "integração entre as artes", Niemeyer chamou artistas para trabalhar no conjunto, caracterizado sobretudo pelas curvas livres da igreja e pela marquise sinuosa da Casa do Baile, cartões postais de Belo Horizonte.

O pintor Cândido Portinari (1903-62) foi o responsável pelo desenho da grande fachada azul de azulejos da igreja e o extenso painel retratando são Francisco de Assis, localizado ao fundo do altar-mor, além do conjunto de 14 pinturas que retratam a via-sacra de Jesus.

Paulo Werneck (1907-87) cuidou de painéis de arte abstrata feitos em pastilhas, instalados nas laterais externas da igreja; João Ceschiatti (1916-87) produziu o baixo-relevo em bronze que circunda o batistério da igreja; e Roberto Burle Marx (1909-94) foi o responsável pelo paisagismo do conjunto.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a Igreja de São Francisco de Assis
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