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09/07/2005 - 09h08

Oito calçadões do centro são abertos para carros

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AMARÍLIS LAGE
da Folha de S.Paulo

Oito calçadões do centro de São Paulo, incluindo o do vale do Anhangabaú, serão abertos pela prefeitura ao trânsito de veículos.

O projeto foi apresentado ontem pelo prefeito José Serra (PSDB), que comparou a medida a "pontes de safena em um coração infartado". Para Serra, a proibição de veículos nessas áreas prejudicou o comércio e contribuiu para a degradação do centro.

A mudança será dividida em duas fases e custará R$ 12,6 milhões. A verba virá do BID, por meio do programa Ação Centro.

A primeira fase já inclui a abertura de um lado do calçadão do vale do Anhangabaú. O segundo trecho ligará essa via aberta no vale à rua Líbero Badaró. Também será aberta a continuação da Florêncio de Abreu, que passa ao lado do Mosteiro de São Bento. Na Sete de Abril, as calçadas serão alargadas. A previsão é que as obras comecem em novembro e acabem em abril de 2006.

A segunda etapa inclui os calçadões da 24 de Maio e da Barão de Itapetininga --localizados entre a praça da República e o Teatro Municipal--, o da 15 de Novembro (onde funciona a BM&F), a praça da igreja do Carmo e um trecho da avenida São João, além do vale do Anhangabaú --ao fim da obra, o vale será circundado por um anel viário. Na rua Boa Vista, as calçadas serão alargadas. As obras devem começar em janeiro e durar seis meses.

Segundo Andrea Matarazzo, subprefeito da Sé, está em estudo a possibilidade de a Barão de Itapetininga e a 15 de Novembro só serem abertas para carros à noite.

O leito carroçável das vias abertas nos calçadões será estreito -terá no máximo 5,5 metros, diz Heloísa Proença, presidente da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização). "Tivemos cuidado para não abrir ligações estruturais. As vias abertas não atraem motoristas em busca de atalhos."

Para o vendedor Marcelo Oliveira que trabalha no centro, a mudança será boa. "Poderei vir de carro, o que é mais rápido."

"Aqui passa muita gente. Os carros vão gerar tumulto", diz o analista de câmbio Silvio Moraes.

Para o engenheiro Cláudio de Senna Frederico, especialista em transportes, a medida dá uma "sensação de retrocesso". A volta dos carros, diz, não ajudará o comércio da região. "O centro não é um drive-in. Que incremento o trânsito deu ao comércio das avenidas Rebouças e Pacaembu?"

Segundo o arquiteto Ciro Pirondi, diretor da Escola da Cidade, é necessário haver um equilíbrio entre pedestres e veículos, com prioridade para os primeiros.

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