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10/08/2005
-
16h25
da Folha Online
A atuação de um ciclone extratropical no litoral de Santa Catarina causou a maior ressaca dos últimos quatro anos, segundo a Defesa Civil do Estado.
No oceano, as ondas chegaram a sete metros. "No litoral as ondas atingiram entre três e quatro metros. Em muitos pontos, a água invadiu a avenida", disse o capitão Márcio Luiz Alves, gerente de Prevenção da Defesa Civil.
Para considerar a ressaca como a maior dos últimos quatro anos, a Defesa Civil afirma que usa como base a altura das ondas, analisadas por um grupo da Universidade Federal.
Os problemas começaram na tarde de terça (9), com um temporal que causou blecaute na região.
Por volta das 15h desta quarta, os ventos ainda eram fortes, de acordo com registros do Ciram/Epagri (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina).
Conforme o meteorologista Marcelo Martins, os ventos eram de aproximadamente 50 km/h nos aeroportos de Navegantes e Hercílio Luz, em Florianópolis. Na Ilha do Arvoredo, os ventos chegaram a 100 km/h nesta tarde. Por volta das 7h, o pico atingiu 139 km/h na região.
Mar
Por causa do mar agitado, barcos de pesca bateram em pedras e ficaram danificados. Outro, que havia saído de Imbituba com seis pessoas, naufragou. Os tripulantes foram resgatados por volta das 21h de terça-feira por um navio pesqueiro, que não conseguiu atracar no cais.
Na manhã desta quarta, a Defesa Civil avaliava a possibilidade de resgatar com um helicóptero uma das vítimas do naufrágio, que apresentava hipotermia (diminuição excessiva da temperatura do corpo). Os seis pescadores acabaram sendo resgatados com auxílio de jet-skis e encaminhados a um hospital.
De acordo com o capitão Márcio Luiz Alves, os pescadores haviam recebido alertas para evitar o mar.
Estragos
A Defesa Civil do Estado afirma que as regiões mais afetadas foram Florianópolis e São José. Não há registro de vítimas.
Além de danos à rede elétrica, o temporal destelhou casas, derrubou árvores, causou deslizamentos de terra e prejudicou as operações no aeroporto Hercílio Luz.
Por causa de pequenos alagamentos, queda de árvores e semáforos com problemas, o trânsito ficou prejudicado. Por medida preventiva, algumas escolas suspenderam as aulas.
Na terça, um avião chegou a girar na pista do aeroporto de Florianópolis por causa dos fortes ventos. Não havia passageiros.
Desabamento
Três pessoas morreram e dez ficaram feridas nesta quarta-feira em conseqüência do desabamento de um prédio localizado em Içara (230 km de Florianópolis). O edifício tem quatro andares. Uma agência dos Correios funcionava no térreo.
Uma perícia deverá determinar as causas do acidente, que, segundo o Corpo de Bombeiros, não teria relação com o temporal.
Neve
De acordo com a meteorologia, há possibilidade de ocorrência de neve nas partes mais altas do Estado nesta quarta.
Uma neve fraca foi registrada por volta das 20h de segunda-feira (8) no Morro da Igreja, em Urubici. O Ciram/Epagri afirma que a neve durou cerca de 15 minutos e logo foi dissolvida pela chuva. Estações meteorológicas não registraram o fenômeno.
Dados do instituto apontam que a primeira neve do ano foi registrada no dia 6 de julho, em Urupema. Depois disso, houve registro de neve nos dias 7 de julho, em São Joaquim, 18 e 19 de julho, em Urupema.
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Litoral de SC registra a maior ressaca dos últimos quatro anos
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A atuação de um ciclone extratropical no litoral de Santa Catarina causou a maior ressaca dos últimos quatro anos, segundo a Defesa Civil do Estado.
No oceano, as ondas chegaram a sete metros. "No litoral as ondas atingiram entre três e quatro metros. Em muitos pontos, a água invadiu a avenida", disse o capitão Márcio Luiz Alves, gerente de Prevenção da Defesa Civil.
Reprodução |
Imagem do Cptec/Inpe mostra a atuação do ciclone |
Os problemas começaram na tarde de terça (9), com um temporal que causou blecaute na região.
Por volta das 15h desta quarta, os ventos ainda eram fortes, de acordo com registros do Ciram/Epagri (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina).
Conforme o meteorologista Marcelo Martins, os ventos eram de aproximadamente 50 km/h nos aeroportos de Navegantes e Hercílio Luz, em Florianópolis. Na Ilha do Arvoredo, os ventos chegaram a 100 km/h nesta tarde. Por volta das 7h, o pico atingiu 139 km/h na região.
Mar
Por causa do mar agitado, barcos de pesca bateram em pedras e ficaram danificados. Outro, que havia saído de Imbituba com seis pessoas, naufragou. Os tripulantes foram resgatados por volta das 21h de terça-feira por um navio pesqueiro, que não conseguiu atracar no cais.
Na manhã desta quarta, a Defesa Civil avaliava a possibilidade de resgatar com um helicóptero uma das vítimas do naufrágio, que apresentava hipotermia (diminuição excessiva da temperatura do corpo). Os seis pescadores acabaram sendo resgatados com auxílio de jet-skis e encaminhados a um hospital.
De acordo com o capitão Márcio Luiz Alves, os pescadores haviam recebido alertas para evitar o mar.
Estragos
A Defesa Civil do Estado afirma que as regiões mais afetadas foram Florianópolis e São José. Não há registro de vítimas.
Além de danos à rede elétrica, o temporal destelhou casas, derrubou árvores, causou deslizamentos de terra e prejudicou as operações no aeroporto Hercílio Luz.
Por causa de pequenos alagamentos, queda de árvores e semáforos com problemas, o trânsito ficou prejudicado. Por medida preventiva, algumas escolas suspenderam as aulas.
Na terça, um avião chegou a girar na pista do aeroporto de Florianópolis por causa dos fortes ventos. Não havia passageiros.
Desabamento
Três pessoas morreram e dez ficaram feridas nesta quarta-feira em conseqüência do desabamento de um prédio localizado em Içara (230 km de Florianópolis). O edifício tem quatro andares. Uma agência dos Correios funcionava no térreo.
Uma perícia deverá determinar as causas do acidente, que, segundo o Corpo de Bombeiros, não teria relação com o temporal.
Neve
De acordo com a meteorologia, há possibilidade de ocorrência de neve nas partes mais altas do Estado nesta quarta.
Uma neve fraca foi registrada por volta das 20h de segunda-feira (8) no Morro da Igreja, em Urubici. O Ciram/Epagri afirma que a neve durou cerca de 15 minutos e logo foi dissolvida pela chuva. Estações meteorológicas não registraram o fenômeno.
Dados do instituto apontam que a primeira neve do ano foi registrada no dia 6 de julho, em Urupema. Depois disso, houve registro de neve nos dias 7 de julho, em São Joaquim, 18 e 19 de julho, em Urupema.
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