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10/08/2005
-
20h06
da Folha Online
Santa Catarina deve continuar sofrendo com o mau tempo, ao menos até amanhã, segundo alerta emitido pela Sedec (Secretaria Nacional de Defesa Civil) nesta quarta-feira. A atuação de um ciclone extratropical na região causou estragos e ocasionou ontem a maior ressaca dos últimos quatro anos, de acordo com a Defesa Civil Estadual.
O alerta também foi estendido ao Paraná e ao Rio Grande do Sul. Nos litorais gaúcho e catarinense, pode haver chuva intensa e ventos de até 100 km/h. Para o litoral paranaense, a previsão é de ventos de até 70 km/h.
O litoral sul de São Paulo também pode sofrer com as conseqüências do ciclone. Há risco de ressaca e, em alto-mar, as ondas podem chegar a até quatro metros. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul elas podem chegar a sete metros e, no Paraná, a até cinco metros.
A recomendação é que a população evite áreas em que há risco de alagamentos, deslizamentos de terra e escorregamento de pedras como zonas ribeirinhas, baixadas, morros e encostas. Embarcações de médio e pequeno portes devem evitar navegar.
Estragos
Os problemas começaram na tarde da última terça-feira, com um temporal que causou blecaute no Estado de Santa Catarina.
Por causa do mar agitado, barcos de pesca bateram em pedras e ficaram danificados. Outro, que havia saído de Imbituba com seis pessoas, naufragou. Os tripulantes foram resgatados apenas por volta das 21h, por um navio pesqueiro que não conseguiu atracar no cais.
Na manhã desta quarta, a Defesa Civil considerou a possibilidade de resgatar com um helicóptero uma das vítimas do naufrágio, que apresentava hipotermia (diminuição excessiva da temperatura do corpo). Todos acabaram sendo resgatados com jet-skis e encaminhados para um hospital.
De acordo com o capitão Márcio Luiz Alves, os pescadores haviam recebido alertas para evitar o mar.
Prejuízos
A Defesa Civil do Estado afirma que as regiões mais afetadas foram Florianópolis e São José. Não há registro de vítimas.
Além de danos à rede elétrica, o temporal destelhou casas, derrubou árvores, causou deslizamentos de terra e prejudicou as operações no aeroporto Hercílio Luz.
Por causa de pequenos alagamentos, queda de árvores e semáforos com problemas, o trânsito ficou prejudicado. Por medida preventiva, algumas escolas suspenderam as aulas.
Na terça, um avião chegou a girar na pista do aeroporto de Florianópolis por causa dos fortes ventos. Não havia passageiros.
Desabamento
Três pessoas morreram e dez ficaram feridas nesta quarta-feira em conseqüência do desabamento de um prédio localizado em Içara (230 km de Florianópolis). O edifício tem quatro andares. Uma agência dos Correios funcionava no térreo.
Uma perícia deverá determinar as causas do acidente, que, segundo o Corpo de Bombeiros, não teria relação com o temporal.
Neve
Pode nevar nas regiões mais altas de Santa Catarina, de acordo com a meteorologia.
Na segunda-feira, uma neve fraca foi registrada por volta das 20h, no Morro da Igreja, em Urubici. O Ciram/Epagri afirma que a neve durou cerca de 15 minutos e logo foi dissolvida pela chuva. Estações meteorológicas não registraram o fenômeno.
Dados do instituto apontam que a primeira neve do ano foi registrada no dia 6 de julho, em Urupema. Depois disso, houve registro de neve nos dias 7 de julho, em São Joaquim, 18 e 19 de julho, em Urupema.
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Santa Catarina deve sofrer com ciclone extratropical até amanhã
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Santa Catarina deve continuar sofrendo com o mau tempo, ao menos até amanhã, segundo alerta emitido pela Sedec (Secretaria Nacional de Defesa Civil) nesta quarta-feira. A atuação de um ciclone extratropical na região causou estragos e ocasionou ontem a maior ressaca dos últimos quatro anos, de acordo com a Defesa Civil Estadual.
O alerta também foi estendido ao Paraná e ao Rio Grande do Sul. Nos litorais gaúcho e catarinense, pode haver chuva intensa e ventos de até 100 km/h. Para o litoral paranaense, a previsão é de ventos de até 70 km/h.
Reprodução |
Imagem do Cptec/Inpe mostra a atuação do ciclone |
A recomendação é que a população evite áreas em que há risco de alagamentos, deslizamentos de terra e escorregamento de pedras como zonas ribeirinhas, baixadas, morros e encostas. Embarcações de médio e pequeno portes devem evitar navegar.
Estragos
Os problemas começaram na tarde da última terça-feira, com um temporal que causou blecaute no Estado de Santa Catarina.
Por causa do mar agitado, barcos de pesca bateram em pedras e ficaram danificados. Outro, que havia saído de Imbituba com seis pessoas, naufragou. Os tripulantes foram resgatados apenas por volta das 21h, por um navio pesqueiro que não conseguiu atracar no cais.
Na manhã desta quarta, a Defesa Civil considerou a possibilidade de resgatar com um helicóptero uma das vítimas do naufrágio, que apresentava hipotermia (diminuição excessiva da temperatura do corpo). Todos acabaram sendo resgatados com jet-skis e encaminhados para um hospital.
De acordo com o capitão Márcio Luiz Alves, os pescadores haviam recebido alertas para evitar o mar.
Prejuízos
A Defesa Civil do Estado afirma que as regiões mais afetadas foram Florianópolis e São José. Não há registro de vítimas.
Além de danos à rede elétrica, o temporal destelhou casas, derrubou árvores, causou deslizamentos de terra e prejudicou as operações no aeroporto Hercílio Luz.
Por causa de pequenos alagamentos, queda de árvores e semáforos com problemas, o trânsito ficou prejudicado. Por medida preventiva, algumas escolas suspenderam as aulas.
Na terça, um avião chegou a girar na pista do aeroporto de Florianópolis por causa dos fortes ventos. Não havia passageiros.
Desabamento
Três pessoas morreram e dez ficaram feridas nesta quarta-feira em conseqüência do desabamento de um prédio localizado em Içara (230 km de Florianópolis). O edifício tem quatro andares. Uma agência dos Correios funcionava no térreo.
Uma perícia deverá determinar as causas do acidente, que, segundo o Corpo de Bombeiros, não teria relação com o temporal.
Neve
Pode nevar nas regiões mais altas de Santa Catarina, de acordo com a meteorologia.
Na segunda-feira, uma neve fraca foi registrada por volta das 20h, no Morro da Igreja, em Urubici. O Ciram/Epagri afirma que a neve durou cerca de 15 minutos e logo foi dissolvida pela chuva. Estações meteorológicas não registraram o fenômeno.
Dados do instituto apontam que a primeira neve do ano foi registrada no dia 6 de julho, em Urupema. Depois disso, houve registro de neve nos dias 7 de julho, em São Joaquim, 18 e 19 de julho, em Urupema.
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