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15/08/2005
-
22h39
MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Indaiatuba
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) divulgou na segunda-feira declaração oficial sob o título "Diga Sim à Vida" na qual conclama todos os "cristãos e todas as pessoas de boa vontade" a votar pelo "sim" no referendo sobre a proibição do comércio de armas de fogo e munição, que deve ocorrer no dia 23 de outubro.
No documento, a CNBB afirma que "proibir o comércio e o uso de armas é um passo decisivo, mas não suficiente". Para os bispos, além da proibição, é necessário "a melhoria da segurança pública e é indispensável educar para a paz e a defesa da vida".
A declaração foi divulgada na 43ª Assembléia Geral da CNBB que reúne cerca de 300 bispos no bairro de Itaici, em Indaiatuba (102 km de São Paulo).
A CNBB usou no documento dois trechos do Evangelho para justificar seu posicionamento: "...bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus (Mt 5,9)". "Guarda a espada na bainha! Pois todos que usam a espada pela espada morrerão (Mt 26,52)."
Em outro trecho da declaração, os bispos afirmam que "o Brasil é o país com maior índice de assassinatos por arma de fogo" e que o porte de armas "transforma, muitas vezes, conflitos banais em tragédias". Os bispos informaram que a Igreja Católica irá colaborar com a campanha elaborando cartilhas que instruem os fiéis a votaram pelo "sim".
O documento da CNBB foi entregue ontem ao relator do Estatuto do Desarmamento, deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) --integrante da "Frente Parlamentar por um Brasil Sem Armas". A consulta popular será obrigatória e está prevista no Estatuto do Desarmamento, aprovado em 2004. Serão utilizadas urnas eletrônicas e o resultado da consulta popular deverá ser divulgado no mesmo dia.
Os grupos que defendem e os que são contrários à proibição de armas e de munições terão direito a tempo na televisão e no rádio para defender suas posições. A propaganda gratuita começa a ser veiculada no rádio e na televisão no dia 23 de setembro.
"Nós da igreja vamos para as ruas, escolas e aos meios de comunicação social para pedir que as pessoas votem 'sim'", disse o arcebispo de Feira de Santana (BA), d. Itamar Vian.
"Estamos apoiando o referendo pelo desarmamento, mas não podemos esquecer que a segurança não existe sem inclusão social. Sem trabalho não há dignidade e não há segurança", disse o arcebispo da Paraíba, d. Aldo Di Cillo Pagotto.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o referendo do desarmamento
CNBB afirma que defenderá a proibição do comércio de armas de fogo
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da Agência Folha, em Indaiatuba
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) divulgou na segunda-feira declaração oficial sob o título "Diga Sim à Vida" na qual conclama todos os "cristãos e todas as pessoas de boa vontade" a votar pelo "sim" no referendo sobre a proibição do comércio de armas de fogo e munição, que deve ocorrer no dia 23 de outubro.
No documento, a CNBB afirma que "proibir o comércio e o uso de armas é um passo decisivo, mas não suficiente". Para os bispos, além da proibição, é necessário "a melhoria da segurança pública e é indispensável educar para a paz e a defesa da vida".
A declaração foi divulgada na 43ª Assembléia Geral da CNBB que reúne cerca de 300 bispos no bairro de Itaici, em Indaiatuba (102 km de São Paulo).
A CNBB usou no documento dois trechos do Evangelho para justificar seu posicionamento: "...bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus (Mt 5,9)". "Guarda a espada na bainha! Pois todos que usam a espada pela espada morrerão (Mt 26,52)."
Em outro trecho da declaração, os bispos afirmam que "o Brasil é o país com maior índice de assassinatos por arma de fogo" e que o porte de armas "transforma, muitas vezes, conflitos banais em tragédias". Os bispos informaram que a Igreja Católica irá colaborar com a campanha elaborando cartilhas que instruem os fiéis a votaram pelo "sim".
O documento da CNBB foi entregue ontem ao relator do Estatuto do Desarmamento, deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) --integrante da "Frente Parlamentar por um Brasil Sem Armas". A consulta popular será obrigatória e está prevista no Estatuto do Desarmamento, aprovado em 2004. Serão utilizadas urnas eletrônicas e o resultado da consulta popular deverá ser divulgado no mesmo dia.
Os grupos que defendem e os que são contrários à proibição de armas e de munições terão direito a tempo na televisão e no rádio para defender suas posições. A propaganda gratuita começa a ser veiculada no rádio e na televisão no dia 23 de setembro.
"Nós da igreja vamos para as ruas, escolas e aos meios de comunicação social para pedir que as pessoas votem 'sim'", disse o arcebispo de Feira de Santana (BA), d. Itamar Vian.
"Estamos apoiando o referendo pelo desarmamento, mas não podemos esquecer que a segurança não existe sem inclusão social. Sem trabalho não há dignidade e não há segurança", disse o arcebispo da Paraíba, d. Aldo Di Cillo Pagotto.
Especial
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