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27/08/2005
-
14h00
da Folha Online
O Brasil pode se tornar o primeiro país da América Latina a proibir a venda de armas de fogo.
Segundo o representante da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) no Brasil, Jorge Werthein, que participou do lançamento da frente Brasil sem Armas, na ABI (Associação Brasileira de Imprensa), no Rio, a proibição só foi adotada em países de primeiro mundo.
O referendo sobre o comércio de armas de fogo e munição deve ocorrer no dia 23 de outubro e o voto é obrigatório. A população deverá responder "sim" ou "não" à pergunta: "O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?".
O representante da Unesco avaliou a proibição como extremamente positiva para o Brasil. Ele afirmou, contudo, que o país deve adotar, paralelamente, políticas de inclusão social, "dirigida especialmente à população mais vulnerável, a que mais morre, que são os jovens, principalmente pobres e negros, na faixa dos 15 a 24 anos". Caso contrário, alertou Werthein, "o impacto da proibição da venda de armas seria parcial".
O músico Marcelo Yuka, ex-baterista da banda carioca O Rappa, que ficou paraplégico após ser baleado ao reagir a um assalto, também considera que a população pobre é a maior vítima das armas de fogo no país. Ele defende o desarmamento por não acreditar na chamada "paz armada" e por considerar a "forma inteligente de luta do cidadão".
"Eu não estou aqui porque eu sou artista ou porque sou deficiente e vítima de armas de fogo, mas sim porque sou cidadão", declarou Yuka. "Não estou aqui preocupado só comigo, mas com toda a sociedade que está nessa rota de banalização das armas."
O prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), enfatizou que as desavenças partidárias não devem ser empecilhos para a luta pela proibição de armas no Brasil. "A campanha é da sociedade, não é de nenhum partido político. É de todos aqueles que se preocupam com a violência e defendem a vida", disse.
Com Agência Brasil
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Erramos: Brasil pode se tornar 1º país da América Latina a proibir venda de armas
Especial
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Brasil pode se tornar 1º país da América Latina a proibir venda de armas
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O Brasil pode se tornar o primeiro país da América Latina a proibir a venda de armas de fogo.
Segundo o representante da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) no Brasil, Jorge Werthein, que participou do lançamento da frente Brasil sem Armas, na ABI (Associação Brasileira de Imprensa), no Rio, a proibição só foi adotada em países de primeiro mundo.
O referendo sobre o comércio de armas de fogo e munição deve ocorrer no dia 23 de outubro e o voto é obrigatório. A população deverá responder "sim" ou "não" à pergunta: "O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?".
O representante da Unesco avaliou a proibição como extremamente positiva para o Brasil. Ele afirmou, contudo, que o país deve adotar, paralelamente, políticas de inclusão social, "dirigida especialmente à população mais vulnerável, a que mais morre, que são os jovens, principalmente pobres e negros, na faixa dos 15 a 24 anos". Caso contrário, alertou Werthein, "o impacto da proibição da venda de armas seria parcial".
O músico Marcelo Yuka, ex-baterista da banda carioca O Rappa, que ficou paraplégico após ser baleado ao reagir a um assalto, também considera que a população pobre é a maior vítima das armas de fogo no país. Ele defende o desarmamento por não acreditar na chamada "paz armada" e por considerar a "forma inteligente de luta do cidadão".
"Eu não estou aqui porque eu sou artista ou porque sou deficiente e vítima de armas de fogo, mas sim porque sou cidadão", declarou Yuka. "Não estou aqui preocupado só comigo, mas com toda a sociedade que está nessa rota de banalização das armas."
O prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), enfatizou que as desavenças partidárias não devem ser empecilhos para a luta pela proibição de armas no Brasil. "A campanha é da sociedade, não é de nenhum partido político. É de todos aqueles que se preocupam com a violência e defendem a vida", disse.
Com Agência Brasil
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