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29/08/2005 - 20h07

Testemunha de chacina na Baixada Fluminense depõe e incrimina PMs

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da Folha Online

Uma testemunha prestou depoimento nesta segunda-feira e acabou por incriminar quatro dos policiais militares acusados de envolvimento na chacina ocorrida no dia 31 de março, nos municípios de Queimados e Nova Iguaçu (Baixada Fluminense). Ela já está no programa de proteção às testemunhas.

Ela disse ter visto os PMs chegando ao Lava-Jato Luizinho, onde algumas das 29 vítimas estavam quando foram mortas a tiros. Minutos depois, disse ter ouvido disparos de armas de fogo e, já escondida atrás de um muro, visto os réus saírem do local.

Disse ainda que um carro da Polícia Militar passou pelo estabelecimento com o giroscópio ligado, mas sem sirene, no momento dos disparos. Ele, porém, teria seguido em frente, "sequer parando para prestar socorro".

De acordo com o Ministério Público Estadual, a testemunha contou que os PMs estavam a bordo de um Gol prata e chegaram às 20h53. Eles entraram e ela permaneceu conversando com familiares do proprietário do lava-jato quando ouviu os disparos e buscou abrigo atrás de um muro.

De lá, a testemunha teria visto José Augusto Moreira Felipe e Carlos Jorge Carvalho saírem com os rostos descobertos e Julio César Amaral de Paula sair com uma máscara do filme "Pânico". Ela disse ser capaz de reconhecer o réu por seu porte físico, roupa e sapatos.

O réu Marcos Siqueira Costa, segundo a testemunha, dirigia o Gol que levou o grupo até o local e permaneceu no interior do veículo durante a ação.

A testemunha foi arrolada pela defesa. Ela afirmou ter telefonado em seguida para um dos réus, Gilmar da Silva Simão, com o intuito de saber o que estava acontecendo. Disse ainda que Simão esteve em sua casa por quase 15 minutos, pouco após o crime.

No total, 11 PMs estão presos em caráter preventivo, sob acusação de envolvimento na matança. Eles foram denunciados pelo promotor Marcelo Neves por homicídio duplamente qualificado, tentativa de homicídio e formação de quadrilha.

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