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30/08/2005 - 10h00

Vigilância manda recolher esmalte Xuxa

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FABIANE LEITE
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
da Folha de S.Paulo

O Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo determinou a retirada do mercado de todos os lotes de uma das linhas dos esmaltes da marca Xuxa, o Xuxa by Impala Glitter, fabricado pela indústria de cosméticos Impala, da Grande São Paulo.

Segundo informe do órgão do dia 25 de agosto, uma análise de amostra do lote 02/04 do esmalte Xuxa by Impala Glitter 779 - Top Prata apontou que esta poderia causar irritação cutânea moderada e que tinha um pH muito próximo do limite que classifica um produto como corrosivo.

O lote foi testado após duas reclamações feitas ao centro de vigilância em relação ao lote anterior, o 01/04. No informe, a vigilância destaca que as reclamações tratavam de reação alérgica sistêmica e lesão permanente nas unhas com o uso de produto. Segundo o informe, crianças foram atingidas.

Ontem, a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde não localizou os responsáveis pela análise para comentar o laudo, mas confirmou a ordem de retirada, publicada sábado no "Diário Oficial" do Estado de São Paulo.

A Impala disse desconhecer a ordem do centro e contestou sua análise. A empresa informou ter feito testes em um órgão independente que apontou que o produto não causa irritação na pele.

Ainda segundo a empresa, o teste que levou à decisão do centro é impróprio para a análise de esmalte. A empresa estava contestando a decisão de retirada dos lotes do mercado, segundo informou o químico responsável, Cleber Contente da Silva.

Segundo o Centro de Vigilância Sanitária, a Impala não manifestou defesa no processo.

A assessoria de imprensa da apresentadora Xuxa informou que ela não iria se manifestar. "O controle de qualidade tem sido satisfatório", disse Rogério Rahier, diretor comercial da Xuxa Produções. Segundo a Xuxa Produções, o esmalte não é para crianças e é parte de um licenciamento de cerca de dez anos.

Outro lado

A Impala, fabricante da linha de esmaltes Xuxa, contestou o tipo de teste que levou o centro de vigilância a apontar problemas em um de seus produtos.

Segundo o químico responsável pelo esmalte, Cleber Contente da Silva, o instituto que fez a avaliação, vinculado à Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), do Rio de Janeiro, aplicou o produto diretamente sobre a pele raspada de coelhos. De acordo com Silva, o esmalte normalmente não tem contato direto com a pele. "Qualquer ser humano teria irritação dessa forma." A empresa está contestando administrativamente a avaliação do centro.

A reportagem não conseguiu ontem ouvir técnicos da Fiocruz em razão do horário --Silva transmitiu a informação por volta das 21h.

Laudo independente

De acordo com o químico, um laudo de uma empresa independente contratada pela Impala apontou que o esmalte não causa irritação na pele. Ele destacou que o laboratório, a Allergisa, tem registro no Ministério da Saúde.

A Impala soube de problemas com o esmalte a partir da vigilância sanitária de Guarulhos, na Grande São Paulo, de acordo com o técnico.

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