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08/09/2005
-
22h48
FÁBIO AMATO
da Agência Folha, em São José dos Campos
A família do estudante Luiz Ricardo Quintanilha da Costa, 8, seqüestrado por engano no dia 30 de agosto, reconheceu o corpo do garoto nesta quinta-feira, em Jundiaí (60 km a noroeste de São Paulo).
O menino foi confundido com o filho dos patrões da avó, uma empregada doméstica. O corpo foi localizado ontem boiando nas águas da represa do rio Atibainha, em Nazaré Paulista (56 km a nordeste de São Paulo). A polícia não tem pistas dos seqüestradores.
"Acreditamos que os criminosos decidiram executar a vítima depois de descobrir que tinham seqüestrado a criança errada", disse o delegado da Deas (Delegacia Anti Seqüestros) de Campinas (95 km a noroeste de São Paulo), Joel Antônio dos Santos, responsável pelas investigações do caso.
De acordo com o delegado, ainda não se sabe quantas pessoas estão envolvidas com o seqüestro. Até agora, a única informação que a polícia dispõe é que dois homens participaram da captura de Luiz Ricardo, na noite do dia 30 de agosto.
O estudante foi levado da casa de um empresário, localizada no bairro Água Doce, em Jundiaí, onde a avó dele, Izabel de Paula Costa, 70, trabalha como empregada doméstica. Os dois homens, encapuzados, fugiram com o garoto em um Peugeot 206 que havia sido roubado na cidade pouco antes.
Santos informou que os seqüestradores fizeram o primeiro e único contato logo após raptarem Luiz Ricardo. A ligação foi feita de um telefone público localizado na divisa entre Nazaré Paulista e Guarulhos (Grande São Paulo).
O próprio estudante teria sido colocado na linha, e o pedido de resgate inicial foi de R$ 300 mil. Desde então, a família não teve mais informações sobre o estudante.
Assassinato
Ontem, o corpo de Luiz Ricardo foi encontrado por pescadores boiando na represa do rio Atibainha. De acordo com a polícia de Nazaré Paulista, o estado de decomposição demonstrava que ele estava na água há quatro ou cinco dias.
O corpo foi levado para o IML (Instituto Médico Legal) de Bragança Paulista, que identificou a causa da morte como afogamento. Havia pedaços de fita adesiva nos punhos e tornozelos do garoto. Entretanto, uma perfuração na altura do ouvido direito pode indicar que ele foi morto com um tiro antes de ser atirado na represa.
O delegado Santos informou que a versão de que Luiz Ricardo foi seqüestrado por engano é a única considerada nas investigações. Segundo ele, o erro, o valor relativamente baixo exigido para o resgate e a execução do garoto indicam que o crime não foi cometido por uma quadrilha especializada.
A reportagem não conseguiu localizar a família do estudante.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre seqüestros
Familiares reconhecem corpo de estudante seqüestrado e morto em SP
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da Agência Folha, em São José dos Campos
A família do estudante Luiz Ricardo Quintanilha da Costa, 8, seqüestrado por engano no dia 30 de agosto, reconheceu o corpo do garoto nesta quinta-feira, em Jundiaí (60 km a noroeste de São Paulo).
O menino foi confundido com o filho dos patrões da avó, uma empregada doméstica. O corpo foi localizado ontem boiando nas águas da represa do rio Atibainha, em Nazaré Paulista (56 km a nordeste de São Paulo). A polícia não tem pistas dos seqüestradores.
"Acreditamos que os criminosos decidiram executar a vítima depois de descobrir que tinham seqüestrado a criança errada", disse o delegado da Deas (Delegacia Anti Seqüestros) de Campinas (95 km a noroeste de São Paulo), Joel Antônio dos Santos, responsável pelas investigações do caso.
De acordo com o delegado, ainda não se sabe quantas pessoas estão envolvidas com o seqüestro. Até agora, a única informação que a polícia dispõe é que dois homens participaram da captura de Luiz Ricardo, na noite do dia 30 de agosto.
O estudante foi levado da casa de um empresário, localizada no bairro Água Doce, em Jundiaí, onde a avó dele, Izabel de Paula Costa, 70, trabalha como empregada doméstica. Os dois homens, encapuzados, fugiram com o garoto em um Peugeot 206 que havia sido roubado na cidade pouco antes.
Santos informou que os seqüestradores fizeram o primeiro e único contato logo após raptarem Luiz Ricardo. A ligação foi feita de um telefone público localizado na divisa entre Nazaré Paulista e Guarulhos (Grande São Paulo).
O próprio estudante teria sido colocado na linha, e o pedido de resgate inicial foi de R$ 300 mil. Desde então, a família não teve mais informações sobre o estudante.
Assassinato
Ontem, o corpo de Luiz Ricardo foi encontrado por pescadores boiando na represa do rio Atibainha. De acordo com a polícia de Nazaré Paulista, o estado de decomposição demonstrava que ele estava na água há quatro ou cinco dias.
O corpo foi levado para o IML (Instituto Médico Legal) de Bragança Paulista, que identificou a causa da morte como afogamento. Havia pedaços de fita adesiva nos punhos e tornozelos do garoto. Entretanto, uma perfuração na altura do ouvido direito pode indicar que ele foi morto com um tiro antes de ser atirado na represa.
O delegado Santos informou que a versão de que Luiz Ricardo foi seqüestrado por engano é a única considerada nas investigações. Segundo ele, o erro, o valor relativamente baixo exigido para o resgate e a execução do garoto indicam que o crime não foi cometido por uma quadrilha especializada.
A reportagem não conseguiu localizar a família do estudante.
Especial
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