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08/09/2005 - 23h39

Negociações com rebelados em presídio da PB continuarão pela manhã

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da Folha Online

Foram suspensas na noite desta quinta-feira, e devem ser retomadas pela manhã, as negociações com os detentos dos pavilhões 19, 20 e 21 do presídio Sílvio Porto, em João Pessoa (PB). Eles estão rebelados desde a noite de ontem. O abastecimento de energia elétrica e água foi cortado.

Cerca de 70 visitantes, todas mulheres, permanecem dentro da unidade. Os amotinados reivindicam melhor alimentação, mais tempo de banho de sol, a troca dos diretores do presídio, a revisão das penas e o fim da revista íntima.

O governo afirmou que a alimentação é de boa qualidade e classificou a reivindicação de "pessoal". "Pediram, por exemplo, que a carne fosse mais assada", disse o assessor da Secretaria Estadual da Administração Penitenciária, Luis Torres.

Sobre as demais solicitações, Torres afirmou também que não seria possível atendê-las. "A revisão das penas é assunto da Justiça. A troca dos diretores está fora de cogitação. Não há como aumentar de uma hora para quatro horas o banho de sol, como eles querem. E a revista íntima tem evitado a entrada de armas, drogas e celulares nos presídios."

Roger

Em outro presídio da capital paraibana, conhecido como Roger, os problemas começaram quando a mulher de um dos detentos foi presa acusada de tentar entrar na unidade com um celular e 37g de crack escondidos na vagina, também na quarta-feira, de acordo com a secretaria.

O flagrante deu início a uma briga e, conseqüentemente, à rebelião, controlada nesta quinta.

Presos dos pavilhões 2, 3 e 4 estiveram envolvidos. Quatro ficaram feridos, sendo um baleado no rosto. Nenhum deles corre risco de morrer. Cem visitantes, todas mulheres, permaneceram no local.

Demorou pouco para que os detentos do Sílvio Porto também iniciassem um motim, mas o governo estadual duvida que tenha havido ligação entre os rebelados de ambos presídios. O uso de celulares foi ostensivo. Emissoras de rádio e televisão receberam telefonemas de presos durante toda a tarde.

Os rebelados arrancaram grades e iniciaram focos de incêndio. No final da tarde, a tropa de choque da Polícia Militar invadiu o pavilhão 2, devido ao impasse nas negociações e às ameaças de morte trocadas entre presos rivais. Todas as visitantes foram orientadas a sair.

O abastecimento de energia elétrica e água, que havia sido cortado, foi restabelecido. Funcionários do sistema penitenciário reassumiram postos de vigilância no interior da unidade, mas os detentos deverão passar a noite soltos, dentro dos pavilhões. Uma revista será feita pela manhã.

Colaborou FÁBIO GUIBU, da Agência Folha, em Recife

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