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13/09/2005 - 09h19

Polícia procura segundo suspeito de torturar e matar família

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da Folha Online

A polícia de São Paulo busca pistas de um suspeito de envolvimento na tortura e assassinato de cinco pessoas da mesma família, na Vila Nova Curuçá (zona leste de São Paulo). Outro suspeito foi localizado na segunda-feira (12) e teve a prisão temporária decretada pela Justiça.

A chacina ocorreu no fim de semana, na casa da família, de origem japonesa. Segundo a Polícia Civil, o suspeito preso, o vigilante Ricardo Francisco dos Santos, 26, era próximo da família e resolveu matar as vítimas porque foi reconhecido durante o assalto.

Segundo a polícia, ele se recusou a falar sobre as acusações. Os jornalistas não puderam falar com ele.

SSP-SP
Polícia divulga retrato-falado de suspeito
Polícia divulga retrato-falado de suspeito
Um retrato-falado do segundo homem supostamente envolvido no caso também foi divulgado na segunda-feira. Ele é magro, tem a pele parda, aparenta ter entre 28 e 29 anos, tem cerca de 1,75m de altura, olhos e cabelos castanhos.

O retrato falado foi feito com base no depoimento de uma pessoa que viu um dos criminosos circulando pela casa.

Assalto

A casa da família foi invadida por volta das 20h do último sábado. O casal de aposentados Tadashi e Futaba Yonekura, os filhos Nilton e Fatima e a nora do casal, Erica Miyamoto, foram amarrados e torturados entre a noite de sábado e a madrugada de domingo. Os corpos apresentavam marcas de tiros, pancadas e queimaduras de cigarro --três deles ainda foram incendiados.

O marido de Erica --e também filho do casal de aposentados--, levou pancadas na cabeça, sobreviveu e está internado. O filho dele, de 11 meses, foi poupado pelos criminosos.

Segundo o delegado Fábio Guedes Rosa, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), a dupla pretendia roubar uma quantia em dólares que seria trazida do Japão pelo sobrevivente, que é decasségui (brasileiro descendente de japoneses que trabalha no Japão).

O assalto ocorreu no mesmo dia em que ele, Erica, Fatima e o bebê chegaram do Japão para visitar a família.

Tortura

Mesmo depois de pegar cerca de US$ 5.000 em dinheiro das vítimas, a dupla resolveu permanecer na casa. Toda a família teria sido torturada durante a madrugada, por se recusar a entregar o "resto do dinheiro".

O crime foi descoberto somente na manhã de domingo, quando o Corpo de Bombeiros foi acionado por vizinhos para combater um incêndio na casa das vítimas. O fogo teria sido ateado pelos criminosos, antes da fuga.

Keiny Andrade/Folha Imagem
Polícia prende suspeito de torturar e matar família
Polícia prende suspeito de torturar e matar família
O bebê foi encontrado no colo da mãe, ensangüentado. Um vizinho disse que pulou o muro ao ver fumaça na casa, mas viu muito sangue no chão. Na garagem, encontrou Erica, morta com um tiro na cabeça, e o bebê no carro. Ele, então, pegou a criança.

O pai do bebê também foi encontrado com vida, no jardim da casa, próximo à porta que dá acesso à cozinha. Ele estava amarrado e com marcas de pauladas na cabeça. O delegado acredita que ele só não foi morto pois os criminosos não tinham mais combustível para atear fogo em seu corpo.

Enquanto era levado para o hospital, o sobrevivente afirmou que a casa havia sido invadida por volta das 20h de sábado por dois homens armados. Os criminosos abordaram a família quando ela chegava.

Os assassinos cobriam o rosto com camisetas. Mesmo assim, Santos teria sido reconhecido pelo patriarca da família. O aposentado Tadashi Yonekura teria falado o nome de Santos durante a sessão de tortura.

Com Folha de S.Paulo

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