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19/09/2005
-
21h54
da Agência Folha
Uma experiência com soda cáustica no laboratório de química levou 16 alunos de um colégio de Sorocaba (100 km a oeste de São Paulo) para o hospital.
O acidente foi na manhã do último dia 12 e envolveu alunos da oitava série do ensino fundamental do colégio particular Dom Aguirre, que custa R$ 385 por mês.
Os estudantes faziam um exercício chamado "teste do sabor", em que degustavam amostras de limão, vinagre e leite de magnésia.
Em outra etapa da experiência, os alunos diluíram soda cáustica em água e deveriam apenas cheirar uma gota colocada no dorso da mão. Alguns pediram para experimentar a substância e, autorizados pela professora, todos levaram a soda cáustica à boca.
Após o contato, alguns alunos começaram a reclamar de queimação na garganta e no estômago. A ingestão de soda cáustica (hidróxido de sódio), altamente corrosiva e tóxica, causa lesões graves e pode ser fatal.
A professora informou o fato à direção do colégio, que resolveu encaminhar os 16 alunos --duas meninas e 14 meninos-- para exames no Hospital Modelo de Sorocaba, no mesmo bairro da escola.
Segundo o coordenador médico do hospital, César Augusto Fogaça, apenas três alunos precisaram ser medicados, pois tinham queimadura leve na língua e sensação de ardência no esôfago e estômago. Receberam antiácido e analgésico na veia e foram liberados à tarde.
O médico disse que os alunos não chegaram a ingerir a soda cáustica, apenas encostaram a ponta da língua na substância. "Eles ficaram um pouco assustados com aquela sensação na boca. Foi uma coisa leve, porém séria. Poderia ter ocorrido alguma coisa mais grave, mas graças a Deus não houve", disse.
A assessoria jurídica do colégio informou que a professora, cujo nome não foi divulgado, ficou "muito chocada" com o episódio e pediu demissão. Ela trabalhava na escola havia oito anos.
As polícias Civil e Militar ainda não haviam registrado o acidente, pois não houve queixa. A delegada de Mulheres Tânia Guarnieri, responsável pela apuração de crimes contra crianças, disse que uma investigação só pode ser aberta mediante registro da ocorrência.
Outro lado
Em nota, o assessor jurídico do colégio Dom Aguirre, Luiz Rosati, informou que os alunos levaram à boca, em um "gesto de curiosidade", uma "quantidade inofensiva e insignificante" de soda cáustica diluída em água. Disse que os pais foram "comunicados e tranqüilizados", e que alguns deles acompanharam os filhos até o hospital.
O assessor disse à reportagem que o colégio pode entrar na Justiça contra órgãos de comunicação que divulgarem o acidente "de forma que possa prejudicá-lo". "É um fato que já morreu, não houve prejuízo para ninguém, ninguém está se queixando, por que a imprensa está mexendo nisso?", questionou.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre acidentes com soda cáustica
Experiência com soda cáustica leva 16 estudantes para o hospital
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Uma experiência com soda cáustica no laboratório de química levou 16 alunos de um colégio de Sorocaba (100 km a oeste de São Paulo) para o hospital.
O acidente foi na manhã do último dia 12 e envolveu alunos da oitava série do ensino fundamental do colégio particular Dom Aguirre, que custa R$ 385 por mês.
Os estudantes faziam um exercício chamado "teste do sabor", em que degustavam amostras de limão, vinagre e leite de magnésia.
Em outra etapa da experiência, os alunos diluíram soda cáustica em água e deveriam apenas cheirar uma gota colocada no dorso da mão. Alguns pediram para experimentar a substância e, autorizados pela professora, todos levaram a soda cáustica à boca.
Após o contato, alguns alunos começaram a reclamar de queimação na garganta e no estômago. A ingestão de soda cáustica (hidróxido de sódio), altamente corrosiva e tóxica, causa lesões graves e pode ser fatal.
A professora informou o fato à direção do colégio, que resolveu encaminhar os 16 alunos --duas meninas e 14 meninos-- para exames no Hospital Modelo de Sorocaba, no mesmo bairro da escola.
Segundo o coordenador médico do hospital, César Augusto Fogaça, apenas três alunos precisaram ser medicados, pois tinham queimadura leve na língua e sensação de ardência no esôfago e estômago. Receberam antiácido e analgésico na veia e foram liberados à tarde.
O médico disse que os alunos não chegaram a ingerir a soda cáustica, apenas encostaram a ponta da língua na substância. "Eles ficaram um pouco assustados com aquela sensação na boca. Foi uma coisa leve, porém séria. Poderia ter ocorrido alguma coisa mais grave, mas graças a Deus não houve", disse.
A assessoria jurídica do colégio informou que a professora, cujo nome não foi divulgado, ficou "muito chocada" com o episódio e pediu demissão. Ela trabalhava na escola havia oito anos.
As polícias Civil e Militar ainda não haviam registrado o acidente, pois não houve queixa. A delegada de Mulheres Tânia Guarnieri, responsável pela apuração de crimes contra crianças, disse que uma investigação só pode ser aberta mediante registro da ocorrência.
Outro lado
Em nota, o assessor jurídico do colégio Dom Aguirre, Luiz Rosati, informou que os alunos levaram à boca, em um "gesto de curiosidade", uma "quantidade inofensiva e insignificante" de soda cáustica diluída em água. Disse que os pais foram "comunicados e tranqüilizados", e que alguns deles acompanharam os filhos até o hospital.
O assessor disse à reportagem que o colégio pode entrar na Justiça contra órgãos de comunicação que divulgarem o acidente "de forma que possa prejudicá-lo". "É um fato que já morreu, não houve prejuízo para ninguém, ninguém está se queixando, por que a imprensa está mexendo nisso?", questionou.
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