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29/09/2005 - 10h43

Confronto marca protesto de estudantes em São Paulo

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da Folha Online

Estudantes e policiais militares voltaram a se enfrentar no final da noite de quarta-feira (28) em São Paulo. O tumulto ocorreu na avenida Paulista, após a Assembléia Legislativa manter o veto do governador Geraldo Alckmin (PSDB) a mecanismos da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2006 que aumentariam as verbas para Educação.

A.Gaudério/Folha Imagem
Tropa de choque retira manifestantes da Paulista
Tropa de choque retira manifestantes da Paulista
A deliberação, determinada durante sessão extraordinária, ignora as pressões e manifestações promovidas há semanas por estudantes e servidores da USP, Unesp e Unicamp.

A manifestação desta quarta começou por volta das 13h, quando os estudantes se concentraram no vão livre do Masp, na avenida Paulista. No final da tarde, seguiram em passeata até a Assembléia Legislativa, no Ibirapuera (zona sul). De acordo com a Polícia Militar, cerca de 800 pessoas participaram.

Um grupo de manifestantes foi autorizado a entrar no plenário para acompanhar a sessão extraordinária. Na Assembléia, não foram registrados incidentes.

Após a votação no plenário, em que o veto foi mantido, os manifestantes saíram em passeata até a avenida Paulista, onde ocorreu o confronto. A assessoria da corporação disse que a operação foi para liberar a avenida. A tropa de choque usou bombas de gás lacrimogêneo.

No último dia 14, ao menos três estudantes ficaram feridos e 13 foram detidos depois de entrarem em confronto com a Polícia Militar nas proximidades da Assembléia Legislativa. O conflito começou porque cerca de mil estudantes, professores e funcionários de universidades quiseram entrar na Casa para acompanhar as discussões dos deputados com relação ao veto.

Verba

Enquanto a LDO tramitou na Casa, os parlamentares aprovaram emendas que aumentavam a parcela do orçamento destinada ao setor de 30% para 31% e que destinavam 10% da quota de ICMS revertida ao Estado para as universidades públicas. Hoje, são 9,57%.

Outra emenda determinava ainda o destino de 1% da mesma verba, proveniente do ICMS, aos Ceetps (Centros Paula Souza).

Alckmin vetou as emendas e alegou que o percentual fixo do Orçamento para a Educação já é muito alto. De acordo com o governador, a elevação poderia prejudicar outras áreas.

O projeto de lei que trata do Orçamento chega à assembléia nesta quinta-feira e deverá ser votado até o final do ano, em um único turno.

Valores

O líder do governo na Assembléia Legislativa, Edson Aparecido (PSDB), não soube ontem calcular quanto representa em dinheiro a nova proposta apresentada pelo governo.

Tomando como base a arrecadação deste ano, esse aumento representaria R$ 42 milhões. Em 2005, USP, Unesp e Unicamp receberão R$ 3,77 bilhões. Os reitores pediam 9,93% do ICMS, o que representaria R$ 156 milhões a mais do recebido neste ano.

Com Folha de S.Paulo

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