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14/10/2005
-
19h04
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio de Janeiro
A Polícia Federal encontrou nesta sexta-feira 246.020 euros na praça Afonso Pena, na Tijuca (zona norte do Rio). O dinheiro estava dentro de um saco plástico, ao lado de um arbusto e de uma lixeira. A PF conseguiu localizá-lo por meio de dois telefonemas anônimos.
A parte encontrada não representa nem a metade do dinheiro que foi furtado. Foram levados, ao todo, 672 mil euros, US$ 93 mil e mais uma parcela em reais. No total, foram furtados R$ 2 milhões. Segundo o delegado Alessandro Moretti, a partir de agora será mais difícil encontrar o restante do dinheiro.
"A apreensão representa um risco para quem está com esse dinheiro. Porque passados quase 30 dias da subtração, talvez as pessoas não acreditassem que nós ainda pudéssemos recuperá-lo. Talvez elas tomem precauções como dividir o dinheiro. A recuperação do restante não é impossível, mas a partir de hoje ela fica mais difícil."
O dinheiro --em euros, dólares e reais-- havia sido apreendido durante a operação Caravelas, realizada para desarticular uma quadrilha de tráfico internacional de drogas. O furto foi descoberto na manhã do dia 19 de setembro, por agentes que chegavam para trabalhar.
A PF estima que o depoimento de duas pessoas na noite de quinta-feira (13) tenha facilitado o encontro do dinheiro. Uma mulher depôs voluntariamente e levou a PF a ouvir o depoimento de um policial civil que deu informações sobre o paradeiro do dinheiro.
A parte do dinheiro localizada corresponde a do agente Marcos Paulo Rocha, que está preso, segundo a investigação da PF. Ele será indiciado formalmente por peculato e formação de quadrilha.
Estima-se que o dinheiro tenha sido localizado por meio de um pedido de Rocha a uma pessoa próxima para evitar que outros fossem prejudicados. A PF pediu a prisão da mulher de Rocha na quinta-feira (13).
A PF recebeu um telefonema às 10h e outro às 14h30 desta sexta. Um homem não identificado deu as pistas sobre o local onde o dinheiro estava. Vinte policiais participaram da apreensão, que ocorreu hoje à tarde.
O dinheiro ficará guardado em um cofre na PF do Rio, de onde foi furtado, sob vigilância, até segunda-feira (17).
Acusados
Sete agentes já foram presos, além de um informante da polícia. Segundo Moretti, a linha de investigação indica que o dinheiro tenha sido retirado da PF pelo agente Marcos Paulo Rocha e por um informante, Ubirajara Saldanha Maia, o Bira.
O delegado esclarece que apenas um policial está envolvido diretamente no roubo, mas que a busca pelos responsáveis levou à abertura de outras investigações.
Segundo Moretti, existem indícios de que Bira entrou na PF dentro de um porta-malas. A partir de segunda-feira, a PF vai inquirir pessoas que podem estar ocultando dinheiro e que prestaram informações contraditórias. Até terça-feira, mais duas pessoas serão indiciadas, de acordo com o delegado.
O depoimento do escrivão Fábio Kair, que está preso e era responsável pelo depósito, foi decisivo para a definição da linha de investigação. "Ele resolveu colaborar para melhorar a situação dele", disse Moretti.
O escrivão foi preso na semana passada sob suspeita de envolvimento com a suposta quadrilha de policiais federais acusados de envolvimento no furto, em pelo menos duas mortes e no furto de cheques.
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A Polícia Federal encontrou nesta sexta-feira 246.020 euros na praça Afonso Pena, na Tijuca (zona norte do Rio). O dinheiro estava dentro de um saco plástico, ao lado de um arbusto e de uma lixeira. A PF conseguiu localizá-lo por meio de dois telefonemas anônimos.
A parte encontrada não representa nem a metade do dinheiro que foi furtado. Foram levados, ao todo, 672 mil euros, US$ 93 mil e mais uma parcela em reais. No total, foram furtados R$ 2 milhões. Segundo o delegado Alessandro Moretti, a partir de agora será mais difícil encontrar o restante do dinheiro.
"A apreensão representa um risco para quem está com esse dinheiro. Porque passados quase 30 dias da subtração, talvez as pessoas não acreditassem que nós ainda pudéssemos recuperá-lo. Talvez elas tomem precauções como dividir o dinheiro. A recuperação do restante não é impossível, mas a partir de hoje ela fica mais difícil."
O dinheiro --em euros, dólares e reais-- havia sido apreendido durante a operação Caravelas, realizada para desarticular uma quadrilha de tráfico internacional de drogas. O furto foi descoberto na manhã do dia 19 de setembro, por agentes que chegavam para trabalhar.
A PF estima que o depoimento de duas pessoas na noite de quinta-feira (13) tenha facilitado o encontro do dinheiro. Uma mulher depôs voluntariamente e levou a PF a ouvir o depoimento de um policial civil que deu informações sobre o paradeiro do dinheiro.
A parte do dinheiro localizada corresponde a do agente Marcos Paulo Rocha, que está preso, segundo a investigação da PF. Ele será indiciado formalmente por peculato e formação de quadrilha.
Estima-se que o dinheiro tenha sido localizado por meio de um pedido de Rocha a uma pessoa próxima para evitar que outros fossem prejudicados. A PF pediu a prisão da mulher de Rocha na quinta-feira (13).
A PF recebeu um telefonema às 10h e outro às 14h30 desta sexta. Um homem não identificado deu as pistas sobre o local onde o dinheiro estava. Vinte policiais participaram da apreensão, que ocorreu hoje à tarde.
O dinheiro ficará guardado em um cofre na PF do Rio, de onde foi furtado, sob vigilância, até segunda-feira (17).
Acusados
Sete agentes já foram presos, além de um informante da polícia. Segundo Moretti, a linha de investigação indica que o dinheiro tenha sido retirado da PF pelo agente Marcos Paulo Rocha e por um informante, Ubirajara Saldanha Maia, o Bira.
O delegado esclarece que apenas um policial está envolvido diretamente no roubo, mas que a busca pelos responsáveis levou à abertura de outras investigações.
Segundo Moretti, existem indícios de que Bira entrou na PF dentro de um porta-malas. A partir de segunda-feira, a PF vai inquirir pessoas que podem estar ocultando dinheiro e que prestaram informações contraditórias. Até terça-feira, mais duas pessoas serão indiciadas, de acordo com o delegado.
O depoimento do escrivão Fábio Kair, que está preso e era responsável pelo depósito, foi decisivo para a definição da linha de investigação. "Ele resolveu colaborar para melhorar a situação dele", disse Moretti.
O escrivão foi preso na semana passada sob suspeita de envolvimento com a suposta quadrilha de policiais federais acusados de envolvimento no furto, em pelo menos duas mortes e no furto de cheques.
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