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23/10/2005
-
22h24
CLARICE SPITZ
da Folha Online
Para o diretor-executivo do Instituto Sou da Paz --pró-desarmamento--, Denis Mizne, a decepção com o governo Lula teve um papel central para a vitória do "não" no referendo sobre a venda de armas, realizado neste domingo.
De acordo com ele, na hora de ir à urna, o eleitor não se restringiu a opinar sobre a venda das armas, mas quis mostrar também seu descontentamento em relação à política.
"O momento político não foi feliz e as pessoas utilizaram o 'não' como uma forma de protestar contra o governo e a corrupção", afirmou.
De acordo com Mizne, a decisão de optar pelo desarmamento é racional e tem mais dificuldade de ocorrer em um momento de medo e decepção. No entanto, ele vê bons resultados. "Foi a primeira etapa do processo democrático e com certeza as pessoas estão mais conscientes agora", afirma.
Mizne atribui ainda a derrota do "sim" à falta de dinheiro e de organização da campanha publicitária dos defensores da proibição da venda de armas. A opinião é compartilhada por Rubem Cesar Fernandes, da ONG Viva Rio.
"Não tínhamos a experiência de uma campanha publicitária como eles, que ainda tinham mais dinheiro", disse.
Sistema Único de Segurança Pública
Passado o referendo, o secretário-geral da Frente Parlamentar Brasil sem Armas, deputado federal Raul Jungman (PPS/PE), afirma que agora é preciso lutar pelo término da implementação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp).
O Susp prevê a gestão unificada da informação e dos sistemas de segurança, o aperfeiçoamento dos policiais, a valorização das perícias e a prevenção da violência no país.
"É pedra angular. O Susp precisa ser concluído e regulamentado. Está tudo paralisado", afirmou. Para o deputado, a exemplo do que ocorre na educação e na saúde, a segurança requer recursos vinculados no Orçamento da União.
Com Agência Brasil
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Para diretor do Sou da Paz, decepção política ajudou vitória do "não"
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da Folha Online
Para o diretor-executivo do Instituto Sou da Paz --pró-desarmamento--, Denis Mizne, a decepção com o governo Lula teve um papel central para a vitória do "não" no referendo sobre a venda de armas, realizado neste domingo.
De acordo com ele, na hora de ir à urna, o eleitor não se restringiu a opinar sobre a venda das armas, mas quis mostrar também seu descontentamento em relação à política.
"O momento político não foi feliz e as pessoas utilizaram o 'não' como uma forma de protestar contra o governo e a corrupção", afirmou.
De acordo com Mizne, a decisão de optar pelo desarmamento é racional e tem mais dificuldade de ocorrer em um momento de medo e decepção. No entanto, ele vê bons resultados. "Foi a primeira etapa do processo democrático e com certeza as pessoas estão mais conscientes agora", afirma.
Mizne atribui ainda a derrota do "sim" à falta de dinheiro e de organização da campanha publicitária dos defensores da proibição da venda de armas. A opinião é compartilhada por Rubem Cesar Fernandes, da ONG Viva Rio.
"Não tínhamos a experiência de uma campanha publicitária como eles, que ainda tinham mais dinheiro", disse.
Sistema Único de Segurança Pública
Passado o referendo, o secretário-geral da Frente Parlamentar Brasil sem Armas, deputado federal Raul Jungman (PPS/PE), afirma que agora é preciso lutar pelo término da implementação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp).
O Susp prevê a gestão unificada da informação e dos sistemas de segurança, o aperfeiçoamento dos policiais, a valorização das perícias e a prevenção da violência no país.
"É pedra angular. O Susp precisa ser concluído e regulamentado. Está tudo paralisado", afirmou. Para o deputado, a exemplo do que ocorre na educação e na saúde, a segurança requer recursos vinculados no Orçamento da União.
Com Agência Brasil
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