Publicidade
Publicidade
28/10/2005
-
00h56
THIAGO REIS
da Agência Folha
A Secretaria da Saúde de Santa Catarina confirmou na quinta-feira (27) cinco casos de leishmaniose na cidade de Balneário Camboriú (84 km de Florianópolis). Há mais 15 casos suspeitos.
É o primeiro registro da doença no município. A vizinha Itapema também teve nove casos em 2005. A forma da doença verificada é a cutânea, que não é fatal como a visceral, mas que produz feridas de difícil cicatrização.
A Vigilância Epidemiológica diz que todos os infectados moram numa comunidade de morro no bairro da Barra. Há apenas uma criança entre os atingidos. O local é afastado das praias de Laranjeiras, Taquaras e Estaleiro --algumas das atrações da cidade do litoral norte.
Considerado um dos principais pontos turísticos do Estado, o município recebe até 1,5 milhão de visitantes no verão. De acordo com o diretor da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, Luis Antonio Silva, não há perigo para os turistas. "É um surto localizado", diz.
Ele afirma que a autonomia de vôo do mosquito palha, de nome científico Lutzomya longipalpis, transmissor da doença, é de no máximo 250 metros.
A preocupação, no entanto, é que cães, hospedeiros da doença, possam disseminá-la, por meio dos mosquitos --que só vivem em regiões de mata. Silva diz que três cães infectados foram capturados em Itapema. Em Balneário Camboriú, uma equipe da vigilância faz a captura dos animais. Serão feitos exames e pode haver sacrifício dos animais.
Os doentes vivem numa área de mata, na periferia do município. Segundo Silva, o aparecimento da doença se explica pela invasão no local. "É devido ao desequilíbrio ecológico, ao desmatamento, à ocupação predatória."
São 80 famílias que residem no local. Tanto elas como pessoas que morem próximas ou passem por ali estão expostas à doença. Ela provoca lesões que podem culminar em uma úlcera. Causa ainda obstrução nasal e feridas em lábios, língua e laringe. Uma equipe de técnicos já foi enviada à cidade para realizar um trabalho de borrifação nas casas afetadas.
A cidade foi considerada pelo governo, por meio de dados do Censo 2000, a primeira em qualidade de vida no Estado. Em Santa Catarina, os casos de leishmaniose vem crescendo com o passar dos anos. Em 2000, foram registrados 11 casos. No ano passado, esse número chegou a 31.
Em Estados como Pará, Mato Grosso, Maranhão e Amazonas, há mais de 3.000 casos todos os anos de leishmaniose cutânea.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre leishmaniose
Balneário Camboriú registra cinco casos de leishmaniose
Publicidade
da Agência Folha
A Secretaria da Saúde de Santa Catarina confirmou na quinta-feira (27) cinco casos de leishmaniose na cidade de Balneário Camboriú (84 km de Florianópolis). Há mais 15 casos suspeitos.
É o primeiro registro da doença no município. A vizinha Itapema também teve nove casos em 2005. A forma da doença verificada é a cutânea, que não é fatal como a visceral, mas que produz feridas de difícil cicatrização.
A Vigilância Epidemiológica diz que todos os infectados moram numa comunidade de morro no bairro da Barra. Há apenas uma criança entre os atingidos. O local é afastado das praias de Laranjeiras, Taquaras e Estaleiro --algumas das atrações da cidade do litoral norte.
Considerado um dos principais pontos turísticos do Estado, o município recebe até 1,5 milhão de visitantes no verão. De acordo com o diretor da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, Luis Antonio Silva, não há perigo para os turistas. "É um surto localizado", diz.
Ele afirma que a autonomia de vôo do mosquito palha, de nome científico Lutzomya longipalpis, transmissor da doença, é de no máximo 250 metros.
A preocupação, no entanto, é que cães, hospedeiros da doença, possam disseminá-la, por meio dos mosquitos --que só vivem em regiões de mata. Silva diz que três cães infectados foram capturados em Itapema. Em Balneário Camboriú, uma equipe da vigilância faz a captura dos animais. Serão feitos exames e pode haver sacrifício dos animais.
Os doentes vivem numa área de mata, na periferia do município. Segundo Silva, o aparecimento da doença se explica pela invasão no local. "É devido ao desequilíbrio ecológico, ao desmatamento, à ocupação predatória."
São 80 famílias que residem no local. Tanto elas como pessoas que morem próximas ou passem por ali estão expostas à doença. Ela provoca lesões que podem culminar em uma úlcera. Causa ainda obstrução nasal e feridas em lábios, língua e laringe. Uma equipe de técnicos já foi enviada à cidade para realizar um trabalho de borrifação nas casas afetadas.
A cidade foi considerada pelo governo, por meio de dados do Censo 2000, a primeira em qualidade de vida no Estado. Em Santa Catarina, os casos de leishmaniose vem crescendo com o passar dos anos. Em 2000, foram registrados 11 casos. No ano passado, esse número chegou a 31.
Em Estados como Pará, Mato Grosso, Maranhão e Amazonas, há mais de 3.000 casos todos os anos de leishmaniose cutânea.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice