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09/11/2005
-
08h20
da Folha Online
Os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, acusados de envolvimento na morte do casal Richthofen, em 2002, devem deixar nesta quarta-feira a penitenciária de Iperó (120 km de São Paulo). O STJ (Superior Tribunal de Justiça) autorizou ontem a libertação dos dois.
Em junho, a 6ª Turma do STJ, composta por cinco ministros, concedeu habeas corpus a Suzane, filha do casal e que também confessou participação no crime, permitindo que ela aguarde o julgamento em liberdade.
Porém, logo depois, um habeas corpus foi negado aos irmãos. Agora, em novo julgamento, os ministros decidiram, por 3 votos a 2, estender aos irmãos Cravinhos a decisão que beneficiou a estudante.
A decisão teve como base razões processuais. A legislação autoriza manter o réu preso até o julgamento em situações excepcionais --risco comprovado de o acusado coagir testemunhas, de fugir do país ou de ameaça à ordem pública. Não foi levada em conta, por exemplo, a confissão.
Os advogados dos irmãos Cravinhos alegaram que a prisão dos três fora decretada pelo mesmo ato judicial, o que tornava a situação deles idêntica à de Suzane. Além disso, os dois são réus primários e têm residência fixa.
Para permitir a saída dos irmãos, a direção da unidade aguarda o alvará de soltura, de acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária.
O aposentado Astrogildo Cravinhos, 60, admite estar preocupado com o destino dos filhos e a repercussão do caso. Temendo pela segurança, ele pensa em deixar a casa onde mora, na região do Aeroporto (zona sul).
Crime
O casal Manfred e Marísia von Richthofen foi assassinado em casa, no Brooklin (zona sul de São Paulo), em 31 de outubro de 2002. As vítimas foram surpreendidas enquanto dormiam e golpeadas com bastões, ainda na cama.
Dias após o crime, Suzane, com 19 anos, o então namorado, Daniel, e o irmão dele, Cristian, foram presos. Eles serão julgados por duplo homicídio triplamente qualificado --motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.
Suzane foi acusada de planejar o assassinato dos pais porque eles não aceitavam o seu namoro com Daniel. Os irmãos Cravinhos são acusados de executar o crime.
Com Folha de S.Paulo, em Brasília
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Entenda o caso da morte do casal Richthofen
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Irmãos Cravinhos devem deixar a prisão nesta quarta-feira
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Os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, acusados de envolvimento na morte do casal Richthofen, em 2002, devem deixar nesta quarta-feira a penitenciária de Iperó (120 km de São Paulo). O STJ (Superior Tribunal de Justiça) autorizou ontem a libertação dos dois.
R.Cassimiro/Folha Imagem |
Irmãos Cravinhos, acusados de matar casal em 2002 |
Porém, logo depois, um habeas corpus foi negado aos irmãos. Agora, em novo julgamento, os ministros decidiram, por 3 votos a 2, estender aos irmãos Cravinhos a decisão que beneficiou a estudante.
A decisão teve como base razões processuais. A legislação autoriza manter o réu preso até o julgamento em situações excepcionais --risco comprovado de o acusado coagir testemunhas, de fugir do país ou de ameaça à ordem pública. Não foi levada em conta, por exemplo, a confissão.
Os advogados dos irmãos Cravinhos alegaram que a prisão dos três fora decretada pelo mesmo ato judicial, o que tornava a situação deles idêntica à de Suzane. Além disso, os dois são réus primários e têm residência fixa.
Para permitir a saída dos irmãos, a direção da unidade aguarda o alvará de soltura, de acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária.
O aposentado Astrogildo Cravinhos, 60, admite estar preocupado com o destino dos filhos e a repercussão do caso. Temendo pela segurança, ele pensa em deixar a casa onde mora, na região do Aeroporto (zona sul).
Tuca Vieira/Folha Imagem |
Suzane Richthofen (esq.) deixou penitenciária em junho |
O casal Manfred e Marísia von Richthofen foi assassinado em casa, no Brooklin (zona sul de São Paulo), em 31 de outubro de 2002. As vítimas foram surpreendidas enquanto dormiam e golpeadas com bastões, ainda na cama.
Dias após o crime, Suzane, com 19 anos, o então namorado, Daniel, e o irmão dele, Cristian, foram presos. Eles serão julgados por duplo homicídio triplamente qualificado --motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.
Suzane foi acusada de planejar o assassinato dos pais porque eles não aceitavam o seu namoro com Daniel. Os irmãos Cravinhos são acusados de executar o crime.
Com Folha de S.Paulo, em Brasília
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