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21/11/2005
-
10h32
do Agora
Embora tenham feito campanha pela vitória do "não" no referendo sobre a proibição do comércio de armas --por questão de sobrevivência--, as lojas que vendem armamento e munição em São Paulo só tiveram lucro extra nas duas semanas anteriores à votação. Depois disso, mesmo com o comércio liberado, o movimento tem reduzido bastante.
"Voltamos ao ritmo de antes do início da campanha do referendo. O movimento caiu após a votação", disse Endy Reis, vendedora de uma loja de armas no centro.
Em uma loja em Pinheiros (zona oeste), a situação é semelhante. "Tem muita gente perguntando, mas comprar, poucos compram", diz um funcionário. Na semana seguinte ao referendo, então, o movimento foi quase nulo.
"Nas duas semanas anteriores ao referendo, vendemos cerca de 15 revólveres e dez espingardas. Nesta semana, nenhuma arma", conta Miguel Boiko Filho, vendedor de uma loja no centro.
Para ele, quem quer comprar arma não tem mais pressa. "Além disso, o Estatuto do Desarmamento já é muito exigente. Muita gente que vem aqui interessada logo desiste ao saber de todas as exigências para conseguir o registro. O porte, então, nem se fala: hoje em dia ninguém consegue."
Em Santa Cecília (centro), outra loja de armas estava cheia de clientes quando foi visitada pela reportagem. Mas eram todos policiais civis, que já haviam adquirido as armas antes do referendo.
"O movimento está ruim. A maioria que nos procurou foi para perguntar se mudou alguma coisa após o referendo. A discussão sobre o comércio de armas acabou provocando dúvidas", conta a dona, Vera Ratti.
Ela diz que, mesmo antes do referendo, o movimento, embora maior, não chegou aos pés daquele registrado antes das leis que restringiram a compra de armas, iniciadas em 1997.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o referendo
Leia a cobertura completa sobre o referendo sobre a venda de armas e munição
Após referendo, cai a venda de armas nas lojas
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Embora tenham feito campanha pela vitória do "não" no referendo sobre a proibição do comércio de armas --por questão de sobrevivência--, as lojas que vendem armamento e munição em São Paulo só tiveram lucro extra nas duas semanas anteriores à votação. Depois disso, mesmo com o comércio liberado, o movimento tem reduzido bastante.
"Voltamos ao ritmo de antes do início da campanha do referendo. O movimento caiu após a votação", disse Endy Reis, vendedora de uma loja de armas no centro.
Em uma loja em Pinheiros (zona oeste), a situação é semelhante. "Tem muita gente perguntando, mas comprar, poucos compram", diz um funcionário. Na semana seguinte ao referendo, então, o movimento foi quase nulo.
"Nas duas semanas anteriores ao referendo, vendemos cerca de 15 revólveres e dez espingardas. Nesta semana, nenhuma arma", conta Miguel Boiko Filho, vendedor de uma loja no centro.
Para ele, quem quer comprar arma não tem mais pressa. "Além disso, o Estatuto do Desarmamento já é muito exigente. Muita gente que vem aqui interessada logo desiste ao saber de todas as exigências para conseguir o registro. O porte, então, nem se fala: hoje em dia ninguém consegue."
Em Santa Cecília (centro), outra loja de armas estava cheia de clientes quando foi visitada pela reportagem. Mas eram todos policiais civis, que já haviam adquirido as armas antes do referendo.
"O movimento está ruim. A maioria que nos procurou foi para perguntar se mudou alguma coisa após o referendo. A discussão sobre o comércio de armas acabou provocando dúvidas", conta a dona, Vera Ratti.
Ela diz que, mesmo antes do referendo, o movimento, embora maior, não chegou aos pés daquele registrado antes das leis que restringiram a compra de armas, iniciadas em 1997.
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