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11/12/2005
-
09h28
AMARÍLIS LAGE
da Folha de S.Paulo
Autodenominada "capital mundial da laranja", a pequena cidade de Itápolis, a 359 km de São Paulo, deu início à luta contra uma "praga" que está afetando a economia local. O problema que preocupa a população --e outros municípios do interior paulista como Bauru, Ribeirão Preto, Barretos, São José do Rio Preto e Araçatuba-- é o crescimento descontrolado de javalis.
Em bandos, eles invadem as plantações, destroem cercas e cruzam com porcos domésticos, o que gera filhotes conhecidos como "javaporcos".
A situação levou o Ibama a elaborar um projeto piloto de combate ao javali, o que incluiu o abate desses animais com armas de fogo e ajuda de cães. No mês de outubro, foi feita a primeira incursão nesse sentido, com o auxílio de alguns caçadores do Rio Grande do Sul.
"É uma forma polêmica, mas estamos quase convencidos de que essa seria a única forma de controlar a população de javalis", afirma o biólogo Joaquim Maia Neto, de 33 anos, chefe do escritório regional de Barretos.
Caça
A medida toca num ponto delicado, já que a caça de qualquer animal é proibida pela constituição do Estado de São Paulo.
O combate ao javali, autorizado pelo Ministério Público Estadual por meio de um termo deliberativo e, por enquanto, válido apenas para Itápolis, tem como base uma lei federal que permite o controle de espécies exóticas.
O javali chegou ao país por duas vias. Parte foi trazida por criadores nos anos 90, quando a carne do animal ganhou, no país, status de produto sofisticado. Na Argentina, o animal já era criado desde o início do século 20 e alguns, que haviam fugido, viviam na natureza. Durante uma estiagem, invadiram o Uruguai e, de lá, o Brasil.
Para Lélia Lourenço Pinto, 44, analista ambiental do Ibama de Bauru, a ação não pode ser caracterizada como caça. A deliberação do Ministério Público não dá a moradores da região, por exemplo, o direito de matar os animais.
"O controle é para a solução de um problema", afirma André Jean Deberdt, 37, biólogo da coordenação geral de fauna do Ibama, em Brasília.
O problema era principalmente associado ao Rio Grande do Sul, único Estado a permitir a caça ao javali. Em agosto, uma instrução normativa estendeu a permissão de caça para todos os municípios do Estado. Entre 1º de abril de 2004 e 1º de abril deste ano, 849 animais foram abatidos.
Especial
Leia mais sobre a caça de javalis
Interior inicia combate à "invasão" de javalis
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da Folha de S.Paulo
Autodenominada "capital mundial da laranja", a pequena cidade de Itápolis, a 359 km de São Paulo, deu início à luta contra uma "praga" que está afetando a economia local. O problema que preocupa a população --e outros municípios do interior paulista como Bauru, Ribeirão Preto, Barretos, São José do Rio Preto e Araçatuba-- é o crescimento descontrolado de javalis.
Em bandos, eles invadem as plantações, destroem cercas e cruzam com porcos domésticos, o que gera filhotes conhecidos como "javaporcos".
A situação levou o Ibama a elaborar um projeto piloto de combate ao javali, o que incluiu o abate desses animais com armas de fogo e ajuda de cães. No mês de outubro, foi feita a primeira incursão nesse sentido, com o auxílio de alguns caçadores do Rio Grande do Sul.
"É uma forma polêmica, mas estamos quase convencidos de que essa seria a única forma de controlar a população de javalis", afirma o biólogo Joaquim Maia Neto, de 33 anos, chefe do escritório regional de Barretos.
Caça
A medida toca num ponto delicado, já que a caça de qualquer animal é proibida pela constituição do Estado de São Paulo.
O combate ao javali, autorizado pelo Ministério Público Estadual por meio de um termo deliberativo e, por enquanto, válido apenas para Itápolis, tem como base uma lei federal que permite o controle de espécies exóticas.
O javali chegou ao país por duas vias. Parte foi trazida por criadores nos anos 90, quando a carne do animal ganhou, no país, status de produto sofisticado. Na Argentina, o animal já era criado desde o início do século 20 e alguns, que haviam fugido, viviam na natureza. Durante uma estiagem, invadiram o Uruguai e, de lá, o Brasil.
Para Lélia Lourenço Pinto, 44, analista ambiental do Ibama de Bauru, a ação não pode ser caracterizada como caça. A deliberação do Ministério Público não dá a moradores da região, por exemplo, o direito de matar os animais.
"O controle é para a solução de um problema", afirma André Jean Deberdt, 37, biólogo da coordenação geral de fauna do Ibama, em Brasília.
O problema era principalmente associado ao Rio Grande do Sul, único Estado a permitir a caça ao javali. Em agosto, uma instrução normativa estendeu a permissão de caça para todos os municípios do Estado. Entre 1º de abril de 2004 e 1º de abril deste ano, 849 animais foram abatidos.
Especial
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