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07/10/2000 - 04h07

Blitze combatem prostituição de meninas em Curitiba

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WAGNER OLIVEIRA, da Agência Folha, em Curitiba

Blitze realizadas em Curitiba nos últimos três meses encontraram 50 adolescentes sendo exploradas sexualmente em casas noturnas e ruas da capital do Paraná.

A maioria das garotas envolvidas com prostituição tinha entre 14 e 15 anos. O caso mais surpreendente foi o de uma menina de 12 anos que era explorada em prostíbulo na periferia da cidade.

Em uma parceria para erradicar a prostituição infantil em Curitiba, as blitze são realizadas pela Central de Resgate Social da Prefeitura de Curitiba, pelas Polícias Civil e Militar e pela PIC (Promotoria de Investigações Criminais).

As operações envolvem até 200 pessoas e ocorrem até quatro vezes por mês. Desde o início do trabalho, em junho, 15 pessoas foram presas em flagrante e seis casas noturnas, fechadas.

As blitze de combate à prostituição infantil mobilizam 36 fiscais das secretarias municipais da Criança, Saúde e Urbanismo, 12 promotores e 150 policiais, que utilizam aparato com 25 carros.

"Felizmente o número de menores que encontramos tem diminuído a cada operação. Isso mostra que os proprietários (de bares e casas noturnas) estão se conscientizando e evitando problemas", disse a diretora do Departamento de Integração Social da Criança e do Adolescente da Secretaria Municipal da Criança, Ângela Mendonça.

Para o promotor Dartagnan Abilhoa, que coordenou a operação pela Promotoria de Investigações Criminais, o trabalho conjunto entre prefeitura, polícia e Ministério Público deve ter um impacto profundo sobre a exploração sexual de menores.

"Quem promove esse tipo de atividade vai pensar duas vezes antes de delinquir. Além disso, as operações nos ajudarão a chegar a traficantes
de drogas e a criminosos procurados", disse.

Os gerentes das boates presos em flagrante respondem a processo criminal pela acusação de induzir, facilitar ou atrair alguém para a prostituição, conforme o artigo 228 do Código Penal. A pena para esse tipo de crime varia de dois a cinco anos de prisão.

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