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05/02/2006
-
10h14
da Folha S.Paulo
Pais e jovens que assistiam à apresentação do grupo musical RBD no estacionamento do supermercado Extra afirmam que não havia segurança suficiente no local na hora do tumulto e que houve falhas na organização.
Segundo eles, o som não chegava ao fundo do estacionamento e, em razão disso, as pessoas começaram a se empurrar, derrubando quem estava nas primeiras fileiras, perto do caminhão cuja carreta servia de palco.
Monalisa Pinto Costa, que acompanhava a filha Camila, 13, conta que o tumulto começou quando o grupo cantava a segunda música. "Minha filha foi jogada no chão e pisaram em cima dela. Ela perdeu os sapatos e machucou o rosto", diz a mãe, mostrando os ferimentos na filha, que ainda chorava. "Pensei que ia morrer", acrescenta Camila.
A estudante Daniela de Oliveira Araújo, 13, diz que na hora do tumulto desmaiou e foi socorrida por amigas. "Foi um empurra-empurra, caí no chão e não vi mais nada. Acordei cheia de pisadas e com minhas amigas me dando água. Ninguém me ajudou", diz ela, que havia chegado às 6h ao local.
A amiga Joyce Cristina de Freitas, 16, conta que antes mesmo do início da apresentação as pessoas que estavam atrás começaram a empurrar quem estava na frente. "A coisa foi crescendo e, quando o show começou, estourou. Parecia uma boiada", compara.
A auxiliar administrativa Rosana Hungria Pinto, 41, foi ao show levar a filha Julia, 5, mas, antes do começo do show, resolveu se afastar porque temeu o pior. "As pessoas se empurravam porque quem estava atrás não ouvia nada. Teve gente que comprou escadas, cadeiras e banquinhos no supermercado para ver melhor. Na hora da confusão, essa coisarada no meio do caminho só atrapalhou", relata.
Ela e a amiga Ana Lúcia Fortunato Oliveira, 39, que estava com a filha Carolina, 5, reclamaram da falta de segurança. "Eu só vi dois ou três policiais [na verdade, seguranças] perto do palco. A organização estava péssima e era previsível que alguma desgraça iria acontecer. Foi uma tragédia anunciada", diz Lúcia.
Durante o tumulto, várias pessoas perderam sapatos, camisetas e óculos, que ficaram no meio do lixo que se acumulou próximo ao palco. A estudante Carla, 14, conta que perdeu uma das suas sandálias, mas que, depois, ao voltar ao local, encontrou outras mais novas e ficou com elas. "Peguei porque não podia voltar descalça."
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Pais e jovens que assistiam à apresentação do grupo musical RBD no estacionamento do supermercado Extra afirmam que não havia segurança suficiente no local na hora do tumulto e que houve falhas na organização.
Segundo eles, o som não chegava ao fundo do estacionamento e, em razão disso, as pessoas começaram a se empurrar, derrubando quem estava nas primeiras fileiras, perto do caminhão cuja carreta servia de palco.
Monalisa Pinto Costa, que acompanhava a filha Camila, 13, conta que o tumulto começou quando o grupo cantava a segunda música. "Minha filha foi jogada no chão e pisaram em cima dela. Ela perdeu os sapatos e machucou o rosto", diz a mãe, mostrando os ferimentos na filha, que ainda chorava. "Pensei que ia morrer", acrescenta Camila.
A estudante Daniela de Oliveira Araújo, 13, diz que na hora do tumulto desmaiou e foi socorrida por amigas. "Foi um empurra-empurra, caí no chão e não vi mais nada. Acordei cheia de pisadas e com minhas amigas me dando água. Ninguém me ajudou", diz ela, que havia chegado às 6h ao local.
A amiga Joyce Cristina de Freitas, 16, conta que antes mesmo do início da apresentação as pessoas que estavam atrás começaram a empurrar quem estava na frente. "A coisa foi crescendo e, quando o show começou, estourou. Parecia uma boiada", compara.
A auxiliar administrativa Rosana Hungria Pinto, 41, foi ao show levar a filha Julia, 5, mas, antes do começo do show, resolveu se afastar porque temeu o pior. "As pessoas se empurravam porque quem estava atrás não ouvia nada. Teve gente que comprou escadas, cadeiras e banquinhos no supermercado para ver melhor. Na hora da confusão, essa coisarada no meio do caminho só atrapalhou", relata.
Ela e a amiga Ana Lúcia Fortunato Oliveira, 39, que estava com a filha Carolina, 5, reclamaram da falta de segurança. "Eu só vi dois ou três policiais [na verdade, seguranças] perto do palco. A organização estava péssima e era previsível que alguma desgraça iria acontecer. Foi uma tragédia anunciada", diz Lúcia.
Durante o tumulto, várias pessoas perderam sapatos, camisetas e óculos, que ficaram no meio do lixo que se acumulou próximo ao palco. A estudante Carla, 14, conta que perdeu uma das suas sandálias, mas que, depois, ao voltar ao local, encontrou outras mais novas e ficou com elas. "Peguei porque não podia voltar descalça."
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