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07/02/2006 - 21h37

Laudo aponta que garoto morto em piscina foi vítima de negligência

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ADRIANA CHAVES
da Agência Folha

O laudo pericial realizado pela Polícia Técnico-Científica de Goiás na Pousada do Rio Quente, a 171 km de Goiânia, constatou que houve negligência no caso do garoto de 12 anos que morreu afogado na madrugada do dia 23.

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil do Estado, a perícia detectou falhas na sinalização de alerta --como ausência de placas de limpeza e de manutenção-- e falta de grades de proteção para o escoamento da água das piscinas. Os responsáveis serão indiciados por homicídio culposo (sem intenção).

O resultado concluiu que a falta de sinais de proteção pode ter colaborado para a morte de Raphael Noguchi Dalpino, que foi sugado pela comporta de escoamento de água da chamada Piscina do Poço do Governador.

Ele teria ficado preso nas pedras da piscina, uma espécie de reservatório natural em uma nascente de água, no momento em que as comportas estavam sendo abertas. O primo de oito anos que o acompanhava conseguiu escapar ileso.

Noguchi foi socorrido pelo departamento médico da Companhia Rio Quente Resorts --da qual a pousada faz parte-- e encaminhado, em uma UTI móvel, ao Hospital Municipal Nossa Senhora Aparecida, no município vizinho de Caldas Novas (GO), mas os médicos não conseguiram reanimá-lo. O exame cadavérico feito no garoto constatou o afogamento como causa da morte.

O corpo do garoto foi enterrado em São Paulo, onde a família vive. Noguchi havia chegado à pousada no dia anterior ao acidente, acompanhado pela mãe, uma tia, avós e primos.

A reportagem não conseguiu localizar ontem a delegada Maristela Marques Rosa para obter detalhes do laudo e dos próximos procedimentos a serem a adotados. Segundo a Polícia Civil, ela deverá colher depoimentos dos familiares da vítima, que moram no bairro da Saúde, por carta precatória.

Rede

Por meio de sua assessoria de comunicação, o Rio Quente Resorts --complexo do qual a pousada faz parte-- disse não ter sido informado oficialmente do resultado da perícia. O grupo só se pronunciará após a conclusão do inquérito.

Na semana do acidente, em nota oficial, o Resorts lamentou a morte, ocorrida apesar do "socorro rápido", já que "a equipe médica da companhia estava no local prestando atendimento em minutos". O texto ressalta ainda a credibilidade conquistada pelo grupo há mais de 40 anos e a posição ascendente no mercado.

O grupo se colocou à "disposição incondicional" da família do menino. "Além do socorro prestado em tempo hábil, a Companhia Thermas do Rio Quente tomou todas as providências cabíveis --legais e morais-- com o intuito único de oferecer o devido suporte e considerações à família."

A pousada integra o complexo de fontes de águas termais Resorts, com suítes, apartamentos, flats, chalés, bangalôs, parques etc. Segundo a administração, o empreendimento é o único do país fora da orla marítima e com a maior taxa de ocupação do Brasil (70% em média), gerando mais de 1.200 empregos diretos.

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