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21/02/2006 - 18h13

PF abre inquérito para investigar morte de adolescente durante operação

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JANAÍNA LAGE
da Folha Online, no Rio

A Polícia Federal no Rio abriu inquérito para investigar a morte do estudante de 17 anos que morreu ao cair do sexto andar do apartamento onde morava, no Maracanã, zona norte do Rio. O adolescente caiu enquanto agentes da PF que participam de uma operação contra pedofilia vasculhavam os computadores da família.

O endereço do adolescente foi um dos dez visitados por policiais federais --munidos de mandados de busca-- no Rio. De acordo com a PF, a hipótese mais provável é de suicídio.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, o estudante estava em casa com a família quando os peritos verificavam o computador do pai, no escritório do apartamento. O adolescente teria deixado a sala da casa, e ido para seu quarto, onde há outro computador. Desconfiado, um agente foi ao quarto, mas o adolescente já havia se jogado. Ele morreu na hora.

Além do computador do pai e do adolescente, havia mais um no apartamento, que era usado pela irmã. "Investigações preliminares encontraram registros de recebimento e envio de imagem no computador do rapaz", disse o superintendente da PF no Rio, José Milton Rodrigues. Nos outros dois computadores, não havia nenhum vestígio de pedofilia.

Além do Brasil, outros 29 países participam da operação, que visa a desarticular uma rede de distribuição de imagens contendo pedofilia. A PF foi informada por autoridades da Espanha, que afirmaram ter protocolos de internet (IPs) de computadores do Brasil que enviavam e recebiam as imagens. A PF conseguiu autorização judicial e solicitou os endereços dos computadores aos provedores. Dentre eles estava o apartamento do estudante.

"Tudo leva a crer que foi suicídio, mas é prematuro dizer se houve erro ou não na ação", afirmou Rodrigues. O conteúdo de uma imagem é considerado pedofilia quando envolve crianças de menos de 14 anos.

Operação

A ação combate uma comunidade virtual de troca de imagens pornográficas de crianças. No Brasil, ela atinge 11 Estados. De acordo com a PF, as imagens ficam hospedadas em países do leste europeu, onde a legislação sobre crimes virtuais é mais branda.

Entre os países envolvidos estão Argentina, Chile, Uruguai, Peru, Venezuela, República Dominicana, Panamá, México, Espanha, Portugal, França, Itália, Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Noruega, Grécia, Israel e Estados Unidos.

No Brasil, mandados estão sendo cumpridos nos Estados do Rio, São Paulo, Pará, Sergipe, Paraíba, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Minas Gerais.

No Rio, ninguém foi preso durante a operação. Peritos copiaram os conteúdos dos computadores, em processo conhecido como "espelhamento". O material deve ser analisado em trinta dias.

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