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26/02/2006 - 23h54

Problemas com carros da Rocinha estouram tempo de desfile

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da Folha Online

A chuva e problemas com carros alegóricos atrapalharam, na noite de domingo, o desfile da Acadêmicos da Rocinha --segunda a se apresentar nos desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio. Por conta dos carros que emperraram durante a apresentação e também na dispersão, a escola teria ultrapassado em seis minutos o tempo máximo de cada desfile, que é de 80 minutos.

Ainda assim, a escola empolgou o público da Marquês de Sapucaí com o enredo "Felicidade não tem preço", que falava sobre o sonho que as pessoas têm de ganhar muito dinheiro.

O principal incidente ficou por conta o segundo carro-alegórico, "Por um sorriso de Criança", que emperrou no começo do desfile e foi ultrapassado por diversas alas. Na metade da apresentação, os integrantes conseguiram colocá-lo de volta no sambódromo --no entanto, fora da ordem original, a temática infantil ficou fora de contexto.

Uma fumaça saiu do último carro ainda na concentração --imagens da Rede Globo mostraram bombeiros no local, mas ainda não há informações se era um incêndio ou efeitos especiais. O carro entrou no sambódromo para fechar o desfile, sem danos aparentes. Já na dispersão, outros carros pararam por alguns minutos, atrapalhando a saída dos integrantes.

Desfile

A comissão de frente trouxe bonecos articulados, no tom bege, que podiam ser interpretados como os "João Ninguém". Tudo mudava quando eles se "encaixavam" em fantasias luxuosas, transformando-se em pessoas bem sucedidas. O carro abre alas, também cheio de glamour, mostrava duendes, pote de ouro, fadas e jóias.

Carolina Fernandes/F.Imagem
Para crianças, brinquedos e chocolate são tesouros
Para crianças, brinquedos e chocolate são tesouros
O desfile mostrou a "evolução" dos desejos materiais mais comuns. Na infância, por exemplo, as riquezas foram representadas por chocolates, pirulitos e brinquedos. Já na vida adulta, as atenções se voltam para diplomas, jantares à luz de velas e casamento. O fim desta história foi ilustrado pelo último carro, um cemitério com efeitos especiais. "É o lugar comum para todos", afirmou Adair Dida Vieira, vice-presidente de Carnaval da escola, antes do desfile.

Com bom humor, os integrantes da última ala mostraram "A Partilha". Pessoas vestidas de preto dispotavam itens com outros componentes: entre os objetos havia tapetes e vasos.

Toda esta transformação ilustrada no sambódrimo ficou evidente na letra do samba-enredo. No início, a música diz: "Oh! Felicidade me diz o teu preço/ Eu sei que mereço e posso pagar" e "Meu tempo é dinheiro, eu quero investir/ Nessa ciranda onde a grana fala alto/Lá no céu tô perdoado, já paguei sem refletir!". Depois, o discurso muda: "Não quero essa falsa alegria/ Chega de hipocrisia, pois a vida é muito mais/ A felicidade não tem preço/ Hoje reconheço que a riqueza se desfaz!".

A apresentadora de TV Adriane Galisteu, madrinha da bateria, desfilou no chão ao lado de seu namorado --o jogador Roger, do Corinthians. Antes da apresentação, Galisteu havia dito que a escola não entrou no sambódromo este ano apenas para participar do desfile das campeãs, mas para levar o título do Carnaval.

Desfiles

Antes da Rocinha, o Salgueiro passou pelo sambódromo. Depois, desfilam Imperatriz Leopoldinense, Caprichosos de Pilares, Vila Isabel, Grande Rio e Beija-Flor.

Na segunda-feira é a vez de Porto da Pedra, Mangueira, Viradouro, Mocidade Independente, Unidos da Tijuca, Império Serrano e Portela.

Os desfiles no Rio devem ter duração mínima de 65 minutos, enquanto o tempo máximo fica em 80 minutos.

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