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04/03/2006 - 17h00

Rio pede inspeções para evitar novos vazamentos de rejeitos

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da Folha Online

Um ofício será enviado pela Feema (Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente), do Rio, a diversos órgãos ambientais pedindo uma inspeção de emergência em 40 reservatórios de decantação de rejeitos industriais semelhantes ao da Rio Pomba Mineração que rompeu e causou o vazamento de 400 mil metros cúbicos de lama no rio Muriaé.

O vazamento da lama --resíduos do tratamento de bauxita-- começou na quarta-feira (1º), mas só foi contido às 5h de ontem (3).

De acordo com a presidente da Feema, Isaura Fraga, o objetivo da inspeção é analisar os riscos existentes para o Estado do Rio no caso do rompimento de outra barragem. Devido ao vazamento de lama para o rio Muriaé, os moradores de Laje de Muriaé (RJ) estão sem água desde quinta.

O funcionamento da ETA (Estação de Tratamento de Água) da cidade foi suspenso por precaução pela Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), do Rio, ainda na quinta. Ela só volta a operar quando for ajustada para conter a grande quantidade de lama presente na água.

Enquanto o problema não é solucionado, a população está sendo abastecida por carros-pipa, de acordo com o governo estadual.

Lama

Ontem (3), a Feema divulgou um laudo consoante com a mineira Feam (Fundação Estadual do Meio Ambiente) e descartou que a água esteja contaminada com metais pesados. Conforme a fundação mineira havia atestado antes, a lama é feita apenas de água e argila.

Entretanto, sua alta concentração deve provocar o assoreamento do rio e dificultar a sobrevivência de plantas aquáticas e peixes. Equipes da Feema ainda deverão elaborar um relatório sobre os danos biológicos.

Três pequenas hidrelétricas mineiras deverão abrir suas comportas para tentar ajudar na diluição da lama, conforme solicitou ontem a governadora Rosinha Matheus (PMDB).

Por meio da Procuradoria Geral, o Rio já estuda entrar com uma ação penal contra a mineradora proprietária da barragem para pedir indenização.

Em 2003, o rompimento de uma barragem da Cataguazes Indústria de Papel provocou o despejo de 1,2 bilhão de litros de resíduos tóxicos nos rios Pomba e Paraíba do Sul, atingindo o Norte e o Noroeste fluminenses.

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