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05/03/2006
-
16h10
da Folha Online
Oito comunidades do Rio continuam ocupadas pelo Exército neste domingo. Tropas de Brasília (DF) e Goiânia (GO) foram convocadas a ajudar na ação que pretende localizar os envolvidos no furto de dez fuzis FAL calibre 762 e uma pistola do quartel de São Cristóvão (zona norte do Rio).
Com base em mandados judiciais, os militares fazem buscas e revistas nos morros da Providência, Jardim América, Jacarezinho, Manguinhos, Vila dos Pinheiros, Caju e Dendê, além do complexo do Alemão, que foi ocupado horas após o crime.
Os militares só deverão deixar os morros após a recuperação das armas, de acordo com nota enviada à imprensa pelo Comando Militar do Leste. Um helicóptero e mais de 600 homens das Forças Armadas e da Polícia Militar ajudam nas operações.
"Usaremos todos os meios necessários, pelo prazo que for preciso, para recuperar o armamento subtraído do ECT [Estabelecimento Central de Transportes]. Só vamos encerrar quando estivermos com as armas de volta", afirmou no sábado (4) o coronel José Guimarães Barreto.
Um Inquérito Policial Militar foi instaurado, a pedido do Comando do Exército, para investigar o roubo. Ele deverá ser acompanhado por um promotor do Ministério Público Militar e pelas polícias Militar e Civil. Há suspeitas de que membros ou ex-membros do Exército tenham participado da ação.
Roubo
O crime ocorreu por volta das 3h50 de sexta (3). Sete criminosos vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT pela parte de trás e seguiram para o Corpo de Guardas, onde renderam parte dos cerca de dez homens que descansavam à espera de seus plantões.
Pelo menos três guardas foram agredidos. O grupo, então, arrombou armários e fugiu --pela porta da frente-- levando os fuzis e a pistola.
Os guardas que foram rendidos ocupam postos de guarda do quartel. Eles se reúnem em trios e se revezam em turnos de duas horas de vigilância por quatro de descanso.
O coronel Fernando Lemos, também do Comando Militar do Leste, disse que o Exército não sabe como os criminosos entraram no quartel --cercado por arame farpado em todo o perímetro-- sem serem percebidos nos postos de guarda. "Só é possível entrar pelos portões."
Durante o inquérito, imagens gravadas pelo circuito interno de câmeras devem ser analisadas.
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Oito comunidades do Rio continuam ocupadas pelo Exército neste domingo. Tropas de Brasília (DF) e Goiânia (GO) foram convocadas a ajudar na ação que pretende localizar os envolvidos no furto de dez fuzis FAL calibre 762 e uma pistola do quartel de São Cristóvão (zona norte do Rio).
Com base em mandados judiciais, os militares fazem buscas e revistas nos morros da Providência, Jardim América, Jacarezinho, Manguinhos, Vila dos Pinheiros, Caju e Dendê, além do complexo do Alemão, que foi ocupado horas após o crime.
Silvia Izquierdo/AP |
Exército ocupa complexo do Alemão em busca de armas |
"Usaremos todos os meios necessários, pelo prazo que for preciso, para recuperar o armamento subtraído do ECT [Estabelecimento Central de Transportes]. Só vamos encerrar quando estivermos com as armas de volta", afirmou no sábado (4) o coronel José Guimarães Barreto.
Um Inquérito Policial Militar foi instaurado, a pedido do Comando do Exército, para investigar o roubo. Ele deverá ser acompanhado por um promotor do Ministério Público Militar e pelas polícias Militar e Civil. Há suspeitas de que membros ou ex-membros do Exército tenham participado da ação.
Roubo
O crime ocorreu por volta das 3h50 de sexta (3). Sete criminosos vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT pela parte de trás e seguiram para o Corpo de Guardas, onde renderam parte dos cerca de dez homens que descansavam à espera de seus plantões.
Pelo menos três guardas foram agredidos. O grupo, então, arrombou armários e fugiu --pela porta da frente-- levando os fuzis e a pistola.
Os guardas que foram rendidos ocupam postos de guarda do quartel. Eles se reúnem em trios e se revezam em turnos de duas horas de vigilância por quatro de descanso.
O coronel Fernando Lemos, também do Comando Militar do Leste, disse que o Exército não sabe como os criminosos entraram no quartel --cercado por arame farpado em todo o perímetro-- sem serem percebidos nos postos de guarda. "Só é possível entrar pelos portões."
Durante o inquérito, imagens gravadas pelo circuito interno de câmeras devem ser analisadas.
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