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13/03/2006
-
11h16
da Folha Online, no Rio
A retirada das tropas do Exército das favelas no Rio continua na manhã desta segunda-feira. Depois de desocupar as favelas da Providência e da Mangueira no domingo (12), os militares retiraram suas tropas das favelas de Manguinhos, Jacarezinho e Borel, na zona norte, e do Metral, em Bangu, zona oeste, segundo o Comando Militar do Leste.
A operação nos morros e favelas ocorre desde que dez fuzis FAL e uma pistola foram roubados de um quartel em São Cristóvão, no último dia 3.
A alteração dos trabalhos foi motivada pela mudança no perfil da operação, que deverá ser mais "seletiva e pontual" de acordo com o Exército, e pelo fim do prazo dos mandados de busca e apreensão. A partir do cruzamento de dados das investigações, a operação deverá ser realizada por meio de ações pontuais de inteligência do Exército.
Ontem, a retirada dos militares do morro da Providência foi comemorada com queima de fogos pelos traficantes da favela.
Operação
Com a mudança, a operação deve perder a característica de "presença maciça" em áreas da cidade. O Exército afirma que os trabalhos terminarão apenas quando as armas forem encontradas.
Moradores acusaram os militares de violência. De acordo com o Comando Militar do Leste, os casos relatados serão apurados.
Militares e criminosos entraram em confrontos em diversas ocasiões, desde o início da operação. O mais intenso ocorreu no último dia 10, quando quatro pessoas ficaram feridas no morro da Providência, entre elas um bebê.
No dia 6, um rapaz de 16 anos foi atingido por um tiro e morreu no morro do Pinto, enquanto observava a ocupação no vizinho morro da Providência.
Roubo
O roubo das armas ocorreu na madrugada do dia 3, uma sexta-feira. Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam e agrediram soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.
Um inquérito policial militar foi instaurado após o roubo. Para realizar a operação em busca das armas, o Exército obteve mandados de busca na Justiça Militar.
No total, dez morros e favelas foram ocupados pelo Exército desde o dia 4.
O menor baleado no antebraço esquerdo na sexta-feira no morro do Pinto, em frente ao morro da Providência, segue internado. Genilson dos Santos Batista, 12, está na enfermaria do hospital Souza Aguiar, no centro, e passa bem.
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A retirada das tropas do Exército das favelas no Rio continua na manhã desta segunda-feira. Depois de desocupar as favelas da Providência e da Mangueira no domingo (12), os militares retiraram suas tropas das favelas de Manguinhos, Jacarezinho e Borel, na zona norte, e do Metral, em Bangu, zona oeste, segundo o Comando Militar do Leste.
A operação nos morros e favelas ocorre desde que dez fuzis FAL e uma pistola foram roubados de um quartel em São Cristóvão, no último dia 3.
A alteração dos trabalhos foi motivada pela mudança no perfil da operação, que deverá ser mais "seletiva e pontual" de acordo com o Exército, e pelo fim do prazo dos mandados de busca e apreensão. A partir do cruzamento de dados das investigações, a operação deverá ser realizada por meio de ações pontuais de inteligência do Exército.
Ontem, a retirada dos militares do morro da Providência foi comemorada com queima de fogos pelos traficantes da favela.
Operação
Com a mudança, a operação deve perder a característica de "presença maciça" em áreas da cidade. O Exército afirma que os trabalhos terminarão apenas quando as armas forem encontradas.
Moradores acusaram os militares de violência. De acordo com o Comando Militar do Leste, os casos relatados serão apurados.
Militares e criminosos entraram em confrontos em diversas ocasiões, desde o início da operação. O mais intenso ocorreu no último dia 10, quando quatro pessoas ficaram feridas no morro da Providência, entre elas um bebê.
No dia 6, um rapaz de 16 anos foi atingido por um tiro e morreu no morro do Pinto, enquanto observava a ocupação no vizinho morro da Providência.
Roubo
O roubo das armas ocorreu na madrugada do dia 3, uma sexta-feira. Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam e agrediram soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.
Um inquérito policial militar foi instaurado após o roubo. Para realizar a operação em busca das armas, o Exército obteve mandados de busca na Justiça Militar.
No total, dez morros e favelas foram ocupados pelo Exército desde o dia 4.
O menor baleado no antebraço esquerdo na sexta-feira no morro do Pinto, em frente ao morro da Providência, segue internado. Genilson dos Santos Batista, 12, está na enfermaria do hospital Souza Aguiar, no centro, e passa bem.
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