Publicidade
Publicidade
14/03/2006
-
10h25
da Folha de S.Paulo
O advogado Victor Mauad, defensor da libanesa Rana Abdel Rahim Koleilat --presa em São Paulo--, disse que a prisão foi causada por um equívoco de interpretação da língua portuguesa. Ela é acusada de ter dado, no Líbano, um golpe bancário de US$ 1,2 bilhão --um dos maiores da história daquele país-- e é suspeita de envolvimento com o atentado que matou o premiê libanês Rafik Hariri, em fevereiro do ano passado.
Um despacho da Interpol pedia a localização da libanesa, mas não previa sua prisão. Porém, ela acabou detida por oferecer US$ 200 mil aos policiais que a encontraram, no domingo (12), em um hotel da zona norte da cidade.
"Foi um grande mal-entendido causado pela nossa língua, o português, que ela [Rana] quase não entende. Minha cliente não entendia o que era dito pelos policiais, por isso não seria capaz de oferecer dinheiro a eles", afirmou Mauad.
Contratado por indicação de um amigo em comum na comunidade libanesa de São Paulo, o advogado também disse que Rana garante desconhecer as suspeitas de participação no ato terrorista que vitimou o premiê libanês Rafik Hariri. Ela, ainda segundo o advogado, nega o golpe bancário. "Ela [Rana] disse desconhecer essas acusações, mas eu não posso dar informações precisas sobre essas questões. Ao menos até agora."
De acordo com Mauad, Rana tem residência fixa em Londres, trabalha no ramo de hotelaria na França e estava no Brasil para tratar de possíveis investimentos nessa área.
"Ela [Rana] estava aqui para procurar opções para investir capital na área de hotelaria e também para passear um pouco", disse o advogado.
No momento da prisão, a economista portava um passaporte da Irlanda do Norte em nome de Rana Klailat. Levantamento preliminar junto às autoridades britânicas no Brasil e no Líbano apontou que o documento é falso, pois o número dele corresponde a um emitido para um homem. Sobre o passaporte, o advogado afirmou que a economista garantiu que o documento é original e foi obtido porque ela tem dupla cidadania --libanesa e inglesa.
Ainda segundo seu defensor, Rana teme ser extraditada para o Líbano. "A família dela tem ligações políticas lá, principalmente seu irmão. E ela tem certeza de que, se extraditada, a matarão."
Hoje, o advogado pretende fazer um pedido de relaxamento da prisão em flagrante da economista à Justiça. Por conta da informação de que Rana correria risco de morte no Líbano, Mauad também cogita um pedido de asilo político no Brasil em seu favor. "Ela teme voltar para o Líbano."
Leia mais
Suspeita de terrorismo presa em SP aguarda transferência
Saiba mais sobre o ex-premiê Rafik Hariri
Polícia prende em SP libanesa suspeita de terrorismo
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Rafik Hariri
Leia o que já foi publicado sobre a Interpol
Advogado de suspeita de terrorismo diz que idioma causou equívoco
Publicidade
O advogado Victor Mauad, defensor da libanesa Rana Abdel Rahim Koleilat --presa em São Paulo--, disse que a prisão foi causada por um equívoco de interpretação da língua portuguesa. Ela é acusada de ter dado, no Líbano, um golpe bancário de US$ 1,2 bilhão --um dos maiores da história daquele país-- e é suspeita de envolvimento com o atentado que matou o premiê libanês Rafik Hariri, em fevereiro do ano passado.
Um despacho da Interpol pedia a localização da libanesa, mas não previa sua prisão. Porém, ela acabou detida por oferecer US$ 200 mil aos policiais que a encontraram, no domingo (12), em um hotel da zona norte da cidade.
"Foi um grande mal-entendido causado pela nossa língua, o português, que ela [Rana] quase não entende. Minha cliente não entendia o que era dito pelos policiais, por isso não seria capaz de oferecer dinheiro a eles", afirmou Mauad.
Contratado por indicação de um amigo em comum na comunidade libanesa de São Paulo, o advogado também disse que Rana garante desconhecer as suspeitas de participação no ato terrorista que vitimou o premiê libanês Rafik Hariri. Ela, ainda segundo o advogado, nega o golpe bancário. "Ela [Rana] disse desconhecer essas acusações, mas eu não posso dar informações precisas sobre essas questões. Ao menos até agora."
De acordo com Mauad, Rana tem residência fixa em Londres, trabalha no ramo de hotelaria na França e estava no Brasil para tratar de possíveis investimentos nessa área.
"Ela [Rana] estava aqui para procurar opções para investir capital na área de hotelaria e também para passear um pouco", disse o advogado.
No momento da prisão, a economista portava um passaporte da Irlanda do Norte em nome de Rana Klailat. Levantamento preliminar junto às autoridades britânicas no Brasil e no Líbano apontou que o documento é falso, pois o número dele corresponde a um emitido para um homem. Sobre o passaporte, o advogado afirmou que a economista garantiu que o documento é original e foi obtido porque ela tem dupla cidadania --libanesa e inglesa.
Ainda segundo seu defensor, Rana teme ser extraditada para o Líbano. "A família dela tem ligações políticas lá, principalmente seu irmão. E ela tem certeza de que, se extraditada, a matarão."
Hoje, o advogado pretende fazer um pedido de relaxamento da prisão em flagrante da economista à Justiça. Por conta da informação de que Rana correria risco de morte no Líbano, Mauad também cogita um pedido de asilo político no Brasil em seu favor. "Ela teme voltar para o Líbano."
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice