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14/03/2006 - 19h59

Exército recupera armas roubadas de quartel no Rio

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da Folha Online, em SP e no Rio

Foram encontrados na noite desta terça-feira os dez fuzis e a pistola que haviam sido roubados do ECT (Estabelecimento Central de Transportes) do Exército no último dia 3. Os autores do crime não foram encontrados.

Em nota o Exército, informou que as armas estavam em uma trilha ao lado da região conhecida como Esqueleto, próxima à estrada das Canoas, em São Conrado, junto à favela da Rocinha, onde os militares entraram nesta terça. O armamento foi descoberto por volta das 19h30.

O Exército não revelou como descobriu a localização da pistola e dos fuzis.

As armas devem ser levadas para o CML (Comando Militar do Leste), no centro do Rio.

Ocupação

Pela manhã, os militares ocuparam a Rocinha para colaborar na entrega de intimações a testemunhas e a suspeitos de envolvimento no roubo de dez fuzis.

As tropas chegaram à favela apenas um dia depois de terem deixado outros morros e favelas da cidade e admitir desconhecer o paradeiro do armamento roubado.

Fim da operação

A localização das armas deve dar fim à operação do Exército, que sofreu críticas, mas contou com apoio de parte da população. Na mesma nota que oficializou o encontro do armamento, o Exército afirma que "doravante, as ações estarão restritas às exigências decorrentes do Inquérito Policial Militar (IPM) em curso, visando ao integral esclarecimento do crime".

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou que o governo não pretendia manter as tropas no Rio depois de encontrar as armas.

"[O Exército] atua no Rio em razão do roubo das armas e não pretende se afastar das buscas", disse.

Dilma reconheceu que a segurança pública é um dos grandes problemas que preocupam o governo Lula. Ela destacou a iniciativa do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, de criar a Força Nacional de Segurança Pública, a tropa do governo federal que reúne homens de diversas polícias militares do país --o treinamento das turmas começou em 2004.

Confrontos

Os militares ocuparam, no total, 11 morros ou favelas do Rio desde o roubo das armas --no último dia 3. Na ocasião, sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.

Para realizar a operação em busca das armas, o Exército obteve mandados de busca na Justiça Militar. Durante os trabalhos, confrontos entre os militares e criminosos foram freqüentes. O mais intenso ocorreu no último dia 10, quando quatro pessoas ficaram feridas no morro da Providência, entre elas um bebê.

No dia 6, um rapaz de 16 anos foi atingido por um tiro e morreu no morro do Pinto, enquanto observava a ocupação no vizinho morro da Providência.

No dia 13, o Exército iniciou a segunda fase da operação. Os militares saíram dos morros e favelas e foram priorizadas ações mais seletivas e pontuais.

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