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21/03/2006 - 22h35

Cinco unidades prisionais de SP têm rebeliões em menos de 48 horas

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da Folha Online

Cinco unidades prisionais paulistas --todas superlotadas-- registraram rebeliões entre ontem (20) e esta terça-feira. Embora os rebelados tenham mantido reféns em todos os motins, não há registro de feridos graves, segundo a SAP (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária).

Os motins começaram ainda na manhã de ontem, com a revolta dos presos da penitenciária Odon Ramos Maranhão, em Iperó (120 km a oeste de São Paulo). Eles ficaram rebelados entre as 11h e as 18h e mantiveram 19 agentes penitenciários reféns.

A.Gaudério/Folha Imagem
Presos são revistados após rebelião em Franco da Rocha
Presos são revistados após rebelião em Franco da Rocha
Os reféns só foram libertados e a situação controlada quando a tropa de choque da PM (Polícia Militar) invadiu a unidade. Parte dos reféns e 15 detentos ficaram feridos. Há suspeitas de que a invasão tenha motivado a onda de rebeliões iniciada ainda horas depois.

Foi por volta das 19h30 de ontem que começou uma rebelião na penitenciária 3 de Franco da Rocha (Grande São Paulo), a mais longa entre as registradas nestes dois dias --durou quase 18 horas. Dezesseis agentes foram mantidos reféns. Sete deles e três presos ficaram levemente feridos.

Os rebelados ameaçavam presos rivais de morte e, ao término do motim, às 13h30 desta terça, 40 deles já haviam sido transferidos, ainda segundo a secretaria. Não houve reivindicações. Policiais da tropa de choque chegaram a entrar na unidade para dar apoio à revista e à recontagem.

Segundo a SAP, a penitenciária tem capacidade para 600 presos, mas abriga 1.163.

CDPs

Logo pela manhã, antes do encerramento da rebelião em Franco da Rocha, três CDPs enfrentavam rebeliões.

O primeiro CDP a registrar problemas foi o de Mogi das Cruzes (51 km a leste de São Paulo). Por volta das 10h, os presos começaram uma rebelião reivindicando transferência de presos já condenados pela Justiça. A unidade deveria abrigar apenas aqueles que aguardam julgamento.

Onze agentes foram mantidos reféns. Um deles foi solto à tarde e levado a um hospital da região. Os demais foram libertados apenas por volta das 19h30, com o término do motim. Todos passam bem. No local, 1.177 pessoas dividem o espaço onde deveriam estar apenas 768.

Por volta das 11h30, foi a vez dos presos do CDP de Caiuá (632 km a oeste de São Paulo) iniciarem uma rebelião que terminaria às 16h. Um agente foi mantido refém e, mais tarde, libertado ileso. Não houve reivindicações. O CDP tem capacidade para 768 presos, mas abriga 849.

No final da manhã, às 11h45, os presos do CDP de Mauá (Grande São Paulo) iniciaram um motim que acabaria às 18h45, com a libertação dos cinco agentes que eram mantidos reféns. Segundo a secretaria, ao final, os rebelados entregaram uma pistola .40 à diretoria da unidade. O CDP tem capacidade para 576 presos, mas abriga 654.

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