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10/04/2006 - 19h58

Suzane von Richthofen se apresenta em delegacia e é presa

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da Folha Online

Suzane von Richthofen, 22, que confessou ter planejado e participado do assassinato dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen, em outubro de 2002, voltou a ser presa na noite desta segunda-feira. Ela se apresentou à noite no 89ºDP (Portal do Morumbi), de acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública.

Suzane chegou à delegacia acompanhada do advogado Denivaldo Barni, com quem ela mora. Ela vestia uma bermuda jeans e estava coberta por um casaco azul de capuz, para evitar os jornalistas que a aguardavam. A ex-estudante caminhou abraçada a Barni, entre o carro e a delegacia.

Os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos também confessaram envolvimento no crime. Na época, Suzane era namorada de Daniel. O julgamento dos três está marcado para o próximo dia 5 de junho.

O novo mandado de prisão preventiva foi expedido pelo juiz substituto da 1ª Vara do Tribunal do Júri de São Paulo, Richard Francisco Chequini. Em sua decisão, ele afirmou que a liberdade de Suzane "coloca em risco a vida de testemunha do feito, no caso seu irmão Andreas von Richthofen".

De acordo com a assessoria de imprensa do TJ (Tribunal de Justiça), o pedido de prisão foi elaborado pelo promotor Roberto Tardelli e entregue nesta segunda. Mais cedo, em entrevista concedida à imprensa, Tardelli afirmara que não sabia se pediria a prisão.

Suzane estava em liberdade provisória desde junho de 2005, beneficiada por uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Sua prisão é decretada um dia após a exibição de uma entrevista concedida pela ex-estudante ao programa "Fantástico", da TV Globo.

Tardelli já havia voltado a pedir a prisão de Suzane no início deste ano, sob a alegação de que ela estava foragida. O argumento, porém, não foi aceito pela Justiça. Naquela ocasião, os Cravinhos --que também haviam obtido liberdade provisória-- voltaram a ser presos.

Entrevista

A entrevista aconteceu em duas partes: no apartamento de Denivaldo Barni, com quem ela mora, no Morumbi (zona oeste de São Paulo); e na casa de amigos de Suzane, em Itirapina (213 km a noroeste de São Paulo), onde o microfone da emissora captou as orientações do advogado dela, Mário Sérgio de Oliveira, e Barni.

Os dois disseram a Suzane para chorar, interromper a entrevista e a dizer que não agüentava mais falar sobre o assunto. Foi o que aconteceu. "Chora", diz Barni a Suzane, ao que ela responde: "Não vou conseguir". Segundo a Globo, ela interrompeu a entrevista onze vezes para chorar, mas em nenhuma delas havia sinais de lágrimas.

"Ele [Daniel] me manipulava. Me dava muita, muita, muita droga. Dizia que se eu o amasse era para fazer isso ou aquilo", afirmou Suzane na casa de Barni. Momentos depois, a reportagem exibiu as instruções do advogado Oliveira orientando Suzane a culpar Daniel Cravinhos. "Diz que ele obrigava você a fazer."

Ao mostrar fotos de seus pais e de seu irmão, Andreas, Suzane disse sentir saudades de todos. "Eu queria voltar aos 15 anos, quando não conhecia ninguém daquela família". Suzane se referia aos Cravinhos.

Também nesta segunda, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) disse que instaurou uma sindicância para avaliar a atuação dos advogados de Suzane, Mário Sérgio de Oliveira e Denivaldo Barni. Oliveira faz parte do Tribunal de Ética da OAB, já deverá ser afastado.

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