Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
21/04/2006 - 10h37

Chefe da PF do Rio de Janeiro chama sete delegados de outros Estados

Publicidade

SERGIO TORRES
da Folha de S.Paulo, no Rio

Sem nunca ter morado ou trabalhado no Estado do Rio, o delegado federal Delci Carlos Teixeira decidiu relegar a funções secundárias policiais que antes ocupavam postos de chefia na Superintendência da PF (Polícia Federal). Ele assumiu o cargo de superintendente há oito dias, vindo de Mato Grosso do Sul. Para ajudá-lo, está trazendo sete delegados de outros Estados: quatro de Brasília, um de Mato Grosso do Sul, um de Mato Grosso e um da Bahia.

O novo superintendente nega que esteja montando uma equipe de fora por não confiar nos policiais locais. Mas, no DPF (Departamento de Polícia Federal), a Superintendência do Rio é considerada bastante problemática.

No ano passado, foram registrados furtos, de dentro do prédio da corporação, de dinheiro e cocaína apreendidos durante operações. As investigações concluíram que os crimes foram cometidos por policiais federais.

Teixeira, 54, também já decidiu reforçar o serviço de inteligência do Estado com agentes especializados em informações sobre as fronteiras brasileiras, principalmente com a Bolívia e o Paraguai.

Esses policiais trabalham em Mato Grosso do Sul e Paraná, em cidades por onde ingressam no Brasil armas contrabandeadas e cargas de cocaína e maconha.

De acordo com o superintendente, em contrapartida, policiais da área de inteligência da PF no Rio serão mandados para as fronteiras a fim de conhecer mais sobre as atividades criminosas dos grupos que abastecem as quadrilhas locais com drogas, fuzis, pistolas e munições.

"Queremos aprofundar o conhecimento sobre o tráfico. A ênfase será na inteligência, na coleta de informações. Daí esse intercâmbio", afirmou Teixeira, que, antes de se tornar delegado da PF, em 1985, trabalhou 15 anos no Exército, como sargento.

Na PF, Teixeira foi superintendente em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Ocupou ainda a função de delegado regional no Rio Grande do Sul.

No Rio, o cargo de delegado regional é o segundo da hierarquia. Vinha sendo ocupado nos últimos anos pelo delegado Roberto Prel, que estava à frente da superintendência quando houve o furto de cerca de R$ 2 milhões em notas de dólar, euro e real. O dinheiro havia sido apreendido em setembro na Operação Caravelas, de combate ao tráfico internacional de cocaína. Prel não continuará no cargo, disse o novo chefe.

Para Teixeira, os preparativos do esquema de segurança do Pan-2007 exigirão o trabalho integrado da PF, com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, com a Prefeitura e sua Guarda Municipal e com as Forças Armadas. Teixeira disse ainda que uma das prioridades da sua gestão será o combate aos crimes financeiros.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a Polícia Federal
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página