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23/04/2006
-
09h35
da Folha de S.Paulo
Auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) aponta que o sistema nacional de transplantes é extremamente sujeito a fraudes, podendo ser facilmente alterada a ordem de inscrição de pacientes na lista de espera de um órgão. O Ministério da Saúde informou que ainda não recebeu os resultados da auditoria do tribunal, mas, a partir de informações passadas pela reportagem, reconheceu a maior parte dos problemas. Segundo a pasta, no entanto, as irregularidades apontadas são menores, não comprometem a eficácia do sistema e serão corrigidas.
"O que você leu aí é verdadeiro, mas está em superação", disse o responsável pelo Departamento de Atenção Especializada do ministério, Amâncio Paulino de Carvalho, ao ser informado da conclusão do TCU de que não existe uma lista única de pacientes que necessitam de transplante --como conseqüência, não há comunicação adequada entre as centrais estaduais e o ministério, que controla o sistema. E a fragilidade do sistema facilita fraudes.
Conforme Carvalho, está em formação um sistema em rede, para colocar em contato todas as centrais de transplantes. Ao ser questionado sobre a demora de cinco anos para sua criação, ele disse que somente o coordenador do Sistema Nacional de Transplantes, Roberto Soares Schlindwein, poderia responder. A reportagem não conseguiu localizá-lo.
Para Carvalho, o resultado geral do Sistema Nacional de Transplantes é a prova da sua eficácia. "É o segundo maior do mundo em números absolutos e o maior sistema público. No ano passado, foram feitos 15 mil transplantes", disse. "Seria mais eficiente ainda se [as centrais estaduais] estivessem on-line? Claro, mas a gente consegue um bom nível de eficiência. Do ponto de vista prático não tem ocorrido problemas."
A maior vantagem de colocar nas centrais o mesmo software de comunicação e controle é "melhorar o sistema de gestão", diz. "Tem uma outra razão que é tão importante [quanto a comunicação entre as centrais], que é a administração do programa, as informações, poder olhar o que está acontecendo em cada lista, tirar dúvidas, poder fazer o controle."
Ele explicou que a lista única --com pacientes em todos os Estados-- é acessada numa minoria de casos, mas não soube especificar quantos. É usada, por exemplo, quando alguém com hepatite precisa imediatamente de um fígado, em casos em que não há receptores no Estado e quando não há equipe local de captação.
O sistema de transplantes, afirmou ainda Carvalho, é auditado pelo próprio ministério, mas os resultados só poderiam ser fornecidos por Schlindwein.
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Auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) aponta que o sistema nacional de transplantes é extremamente sujeito a fraudes, podendo ser facilmente alterada a ordem de inscrição de pacientes na lista de espera de um órgão. O Ministério da Saúde informou que ainda não recebeu os resultados da auditoria do tribunal, mas, a partir de informações passadas pela reportagem, reconheceu a maior parte dos problemas. Segundo a pasta, no entanto, as irregularidades apontadas são menores, não comprometem a eficácia do sistema e serão corrigidas.
"O que você leu aí é verdadeiro, mas está em superação", disse o responsável pelo Departamento de Atenção Especializada do ministério, Amâncio Paulino de Carvalho, ao ser informado da conclusão do TCU de que não existe uma lista única de pacientes que necessitam de transplante --como conseqüência, não há comunicação adequada entre as centrais estaduais e o ministério, que controla o sistema. E a fragilidade do sistema facilita fraudes.
Conforme Carvalho, está em formação um sistema em rede, para colocar em contato todas as centrais de transplantes. Ao ser questionado sobre a demora de cinco anos para sua criação, ele disse que somente o coordenador do Sistema Nacional de Transplantes, Roberto Soares Schlindwein, poderia responder. A reportagem não conseguiu localizá-lo.
Para Carvalho, o resultado geral do Sistema Nacional de Transplantes é a prova da sua eficácia. "É o segundo maior do mundo em números absolutos e o maior sistema público. No ano passado, foram feitos 15 mil transplantes", disse. "Seria mais eficiente ainda se [as centrais estaduais] estivessem on-line? Claro, mas a gente consegue um bom nível de eficiência. Do ponto de vista prático não tem ocorrido problemas."
A maior vantagem de colocar nas centrais o mesmo software de comunicação e controle é "melhorar o sistema de gestão", diz. "Tem uma outra razão que é tão importante [quanto a comunicação entre as centrais], que é a administração do programa, as informações, poder olhar o que está acontecendo em cada lista, tirar dúvidas, poder fazer o controle."
Ele explicou que a lista única --com pacientes em todos os Estados-- é acessada numa minoria de casos, mas não soube especificar quantos. É usada, por exemplo, quando alguém com hepatite precisa imediatamente de um fígado, em casos em que não há receptores no Estado e quando não há equipe local de captação.
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