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03/05/2006
-
13h35
da Folha Online
O julgamento do jornalista Antonio Pimenta Neves, 69, que deveria durar três dias, pode terminar antes do prazo previsto, devido a um acordo entre a defesa do réu e a promotoria para que o processo --de 2.400 páginas-- não seja lido integralmente. Pimenta Neves é réu confesso da morte da ex-namorada --a também jornalista Sandra Gomide--, em 2000.
O julgamento começou por volta das 9h desta quarta-feira, e a leitura das peças teve início no final da manhã --algumas ocorrerão em sigilo. A expectativa é que ainda nesta quarta comecem a ser ouvidas as testemunhas --quatro de defesa e cinco de acusação.
Pela manhã, a defesa de Pimenta Neves tentou anular o julgamento. O advogado Frederico Muller alegou que o júri deve ser anulado pois não houve tempo suficiente para examinar as provas; porque ainda cabem recursos contra a qualificação do homicídio --por motivo torpe--; e porque Pimenta Neves se sente constrangido pela presença da imprensa. O juiz que preside a audiência, Diego Ferreira Mendes, negou o pedido.
O crime ocorreu no dia 20 de agosto de 2000, em um haras em Ibiúna (64 km a oeste de São Paulo) --onde ocorre o julgamento. Sandra Gomide, à época com 32 anos, foi atingida por dois tiros: um nas costas e outro no ouvido. Pimenta Neves foi denunciado (acusado formalmente) pelo Ministério Público por motivo torpe --por ciúme-- e impossibilidade de defesa da vítima.
Julgamento
No início da audiência, Pimenta Neves optou pelo silêncio durante interrogatório. Para o assistente de acusação, Sergei Cobra, a atitude pode ser considerada uma confissão do crime.
Três homens e quatro mulheres compõem o júri que decidirá o futuro de Pimenta Neves. A segurança do fórum --no centro de Ibiúna-- foi reforçada pela polícia.
O jornalista chegou ao local por volta das 8h, e um grupo que aguardava nas proximidades protestou com gritos de "assassino". Quatro familiares do réu e quatro da vítima poderão acompanhar o júri.
O jornalista ficou sete meses preso. Em março de 2001, o STF concedeu uma liminar permitindo a Pimenta Neves aguardar o julgamento em liberdade. Para o STF, ele não representa risco à sociedade.
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O julgamento do jornalista Antonio Pimenta Neves, 69, que deveria durar três dias, pode terminar antes do prazo previsto, devido a um acordo entre a defesa do réu e a promotoria para que o processo --de 2.400 páginas-- não seja lido integralmente. Pimenta Neves é réu confesso da morte da ex-namorada --a também jornalista Sandra Gomide--, em 2000.
O julgamento começou por volta das 9h desta quarta-feira, e a leitura das peças teve início no final da manhã --algumas ocorrerão em sigilo. A expectativa é que ainda nesta quarta comecem a ser ouvidas as testemunhas --quatro de defesa e cinco de acusação.
Caio Guatelli/Folha Imagem |
Pimenta Neves no fórum de Ibiúna, onde ocorre julgamento |
O crime ocorreu no dia 20 de agosto de 2000, em um haras em Ibiúna (64 km a oeste de São Paulo) --onde ocorre o julgamento. Sandra Gomide, à época com 32 anos, foi atingida por dois tiros: um nas costas e outro no ouvido. Pimenta Neves foi denunciado (acusado formalmente) pelo Ministério Público por motivo torpe --por ciúme-- e impossibilidade de defesa da vítima.
Julgamento
No início da audiência, Pimenta Neves optou pelo silêncio durante interrogatório. Para o assistente de acusação, Sergei Cobra, a atitude pode ser considerada uma confissão do crime.
Três homens e quatro mulheres compõem o júri que decidirá o futuro de Pimenta Neves. A segurança do fórum --no centro de Ibiúna-- foi reforçada pela polícia.
O jornalista chegou ao local por volta das 8h, e um grupo que aguardava nas proximidades protestou com gritos de "assassino". Quatro familiares do réu e quatro da vítima poderão acompanhar o júri.
O jornalista ficou sete meses preso. Em março de 2001, o STF concedeu uma liminar permitindo a Pimenta Neves aguardar o julgamento em liberdade. Para o STF, ele não representa risco à sociedade.
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