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04/05/2006
-
19h26
GABRIELA MANZINI
enviada da Folha Online a Ibiúna
O psiquiatra Marcos Pacheco, que avaliou o jornalista Antonio Pimenta Neves dias após ele matar a jornalista Sandra Gomide --em 2000--, afirmou nesta quinta-feira, durante o julgamento do caso, que o crime não foi premeditado.
Para o médico, se Pimenta Neves tivesse premeditado o homicídio, teria planejado também uma série de ações após o fato. "Ele não tinha um plano B", afirmou. Pacheco diagnosticou que, após a morte de Sandra, o jornalista passou a sofrer de um transtorno provocado por estresse agudo ou pós-traumático, e que sofria alto risco de suicídio. Ele afirma que a vida pessoal do jornalista ficou "desorganizada".
Embora tenha avaliado Pimenta Neves apenas após o crime, o psiquiatra disse ainda que ele já apresentava um quadro depressivo havia três meses, devido à notícia de que suas filhas podiam estar com câncer, à sua progressiva perda de visão e à crise no relacionamento com Sandra.
Se os jurados entenderem que o jornalista foi influenciado por uma doença psiquiátrica, a defesa deverá obter a extinção das qualificações (agravantes) do homicídio apontadas pelo Ministério Público --por motivo torpe (ciúmes) e por uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima (tiro pelas costas).
Por outro lado, se os jurados votarem que o crime foi premeditado, a defesa terá poucas chances de recorrer da sentença.
O psiquiatra foi uma das cinco testemunhas de defesa ouvidas nesta quinta-feira durante o julgamento.
Crime
O crime ocorreu no dia 20 de agosto de 2000, em um haras. Sandra Gomide, à época com 32 anos, foi atingida por dois tiros: um nas costas e outro no ouvido.
Ex-diretor de Redação do jornal "O Estado de S.Paulo", o jornalista ficou sete meses preso. Em março de 2001, o STF concedeu uma liminar permitindo a Pimenta Neves aguardar o julgamento em liberdade. Para o STF, ele não representa risco à sociedade.
Com Agora e Folha de S.Paulo
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Psiquiatra diz que Pimenta Neves não premeditou crime
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enviada da Folha Online a Ibiúna
O psiquiatra Marcos Pacheco, que avaliou o jornalista Antonio Pimenta Neves dias após ele matar a jornalista Sandra Gomide --em 2000--, afirmou nesta quinta-feira, durante o julgamento do caso, que o crime não foi premeditado.
Para o médico, se Pimenta Neves tivesse premeditado o homicídio, teria planejado também uma série de ações após o fato. "Ele não tinha um plano B", afirmou. Pacheco diagnosticou que, após a morte de Sandra, o jornalista passou a sofrer de um transtorno provocado por estresse agudo ou pós-traumático, e que sofria alto risco de suicídio. Ele afirma que a vida pessoal do jornalista ficou "desorganizada".
Embora tenha avaliado Pimenta Neves apenas após o crime, o psiquiatra disse ainda que ele já apresentava um quadro depressivo havia três meses, devido à notícia de que suas filhas podiam estar com câncer, à sua progressiva perda de visão e à crise no relacionamento com Sandra.
Se os jurados entenderem que o jornalista foi influenciado por uma doença psiquiátrica, a defesa deverá obter a extinção das qualificações (agravantes) do homicídio apontadas pelo Ministério Público --por motivo torpe (ciúmes) e por uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima (tiro pelas costas).
Por outro lado, se os jurados votarem que o crime foi premeditado, a defesa terá poucas chances de recorrer da sentença.
O psiquiatra foi uma das cinco testemunhas de defesa ouvidas nesta quinta-feira durante o julgamento.
Crime
O crime ocorreu no dia 20 de agosto de 2000, em um haras. Sandra Gomide, à época com 32 anos, foi atingida por dois tiros: um nas costas e outro no ouvido.
Ex-diretor de Redação do jornal "O Estado de S.Paulo", o jornalista ficou sete meses preso. Em março de 2001, o STF concedeu uma liminar permitindo a Pimenta Neves aguardar o julgamento em liberdade. Para o STF, ele não representa risco à sociedade.
Com Agora e Folha de S.Paulo
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