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08/05/2006 - 08h42

Ministério Público quer prisão de Pimenta Neves

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da Folha Online

O promotor Carlos Sérgio Rodrigues Horta Filho deve encaminhar nesta segunda-feira ao TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo o pedido de prisão do jornalista Antonio Pimenta Neves, 69. Na última sexta-feira (5), ele foi condenado a mais de 19 anos pela morte da ex-namorada --a também jornalista Sandra Gomide--, ocorrida há quase seis anos, mas obteve o direito de recorrer em liberdade.

O juiz titular do Tribunal do Júri de Ibiúna (64 km a oeste de São Paulo), Diego Ferreira Mendes, disse que a medida era necessária devido a decisões de tribunais superiores que ele, como juiz de primeira instância, não poderia revogar. Horta Filho chegou a recorrer da decisão logo após a leitura da sentença, mas o juiz não aceitou o pedido.
F.Donasci/Folha Imagem
Pimenta Neves (foto) deixa o fórum após julgamento
Pimenta Neves (foto) deixa o fórum após julgamento


Após o crime, Pimenta Neves passou sete meses preso e, em março de 2001, conseguiu uma liminar do STF (Supremo Tribunal Federal) para aguardar o julgamento fora da cadeia.

Pedido de prisão

O promotor, agora, irá recorrer ao TJ. Para advogados criminalistas, uma procuradora de Justiça e um ex-juiz ouvidos pela Folha, a sentença deve inviabilizar que Pimenta Neves cumpra a pena em regime fechado, já que o novo julgamento deve demorar ao menos dois anos.

"Até lá, Pimenta terá 70 anos e, se ficar comprovado que está doente, poderá ficar em prisão domiciliar mesmo condenado em definitivo", afirma o ex-juiz Luiz Flávio Gomes, que concorda com a sentença do juiz.

No pedido de prisão que enviará ao TJ, o promotor deverá afirmar que a decisão do STF previa a liberdade do jornalista até que houvesse uma sentença condenatória, mas não exigia uma decisão em última instância.

O crime ocorreu no dia 20 de agosto de 2000, em um haras em Ibiúna --cidade onde ocorreu o julgamento. Sandra Gomide, à época com 32 anos, foi atingida por dois tiros --um nas costas e outro no ouvido. A defesa do jornalista, ex-diretor de Redação do jornal "O Estado de S.Paulo", afirma que ele agiu sob forte emoção.

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