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12/05/2006 - 15h15

Promotoria apura suposta falsidade de proposta de trabalho de Belo

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da Folha Online

O Ministério Público do Estado do Rio pediu nesta sexta-feira (12) abertura de inquérito para apurar se houve falsidade material na proposta de trabalho apresentada pelo cantor Marcelo Pires Vieira, o Belo, graças à qual ele foi autorizado a deixar a prisão durante dois dias, no horário comercial.

O cantor cumpre pena em regime semi-aberto por envolvimento com o tráfico de drogas e teve o benefício de trabalhar fora da prisão suspenso na noite de terça-feira (9) pelo juiz titular da VEP (Vara de Execuções Penais) do Rio, Carlos Augusto Borges.

Proibido de voltar a sair até que outra proposta de emprego seja aprovada, Belo foi transferido de volta a uma unidade de regime fechado.

O promotor Fabiano Rangel Moreira enviou pedido de investigação nesta sexta-feira (12) à 1ª Delegacia Policial do Estado do Rio. Segundo ele, o inquérito vai apurar a conduta de funcionário da Amar (Associação de Músicos, Arranjadores e Regentes), para a qual Belo alega, por meio de advogados, ter prestado serviços.

A Amar nega que Belo cumpriria a função para a qual alegou ter recebido proposta de trabalho. "O inquérito vai investigar a conduta do funcionário que assinou a proposta de trabalho. Depois de apurar isso na associação, será analisada a possível participação de terceiros", disse o promotor.

O regime semi-aberto permitido ao cantor por causa de proposta de trabalho na Amar permitia ao cantor ficar fora da prisão das 9h às 18h e voltar à unidade para dormir.

Segundo informações do TJ (Tribunal de Justiça) do Rio, o juiz suspendeu o benefício enquanto uma comissão da VEP avalia uma segunda proposta de emprego --agora em uma gravadora na Urca (zona sul do Rio)-- apresentada pela defesa de Belo.

O cantor foi transferido nesta terça-feira (9) do Centro de Reintegração Roberto Lyra --onde cumpria o regime semi-aberto-- para o complexo penitenciário de Bangu.

O envolvimento de Belo com o tráfico foi identificado por meio de escutas telefônicas, em 2002. Nelas um homem pedia ao cantor R$ 11 mil para a compra de "tecido fino", o que é, segundo a polícia, cocaína. Em troca, Belo pedia um "tênis AR" --para a polícia, um fuzil AR-15. O cantor foi condenado a oito anos de prisão em 2003.

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