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13/05/2006 - 13h09

PCC realiza 55 ataques em SP; violência continua neste sábado

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LÍVIA MARRA
Editora de Cotidiano da Folha Online
JULIANA CARPANEZ
MARY PERSIA
da Folha Online

A facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) realizou nas últimas horas 55 ataques no Estado de São Paulo --as ações tiveram início na noite de sexta-feira (12), se estenderam durante a madrugada e continuaram na manhã deste sábado. No interior do Estado, 22 presídios e CDPs (Centros de Detenção Provisória) registram rebeliões ou motins --o tumulto continua em 21 unidades.

No balanço parcial, divulgado às 13h deste sábado, dos ataques causaram 30 mortes --11 PMs, cinco policiais civis, três guardas municipais, três agentes penitenciários, a namorada de um policial --que estava com ele no momento do crime-- e uma outra pessoa --cujas circunstâncias ainda não foram confirmadas.

Na manhã deste sábado, um PM morreu depois de ser baleado em Engenheiro Marsilac (zona sul), quando estava em serviço. Também pela manhã, um policial morreu em Guarulhos (Grande SP) --ele estaria de folga.

Os crimes seriam uma resposta à decisão do governo do Estado de isolar líderes da facção criminosa, entre Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola, líder do PCC. Seu poder sobre o PCC em São Paulo é comparado ao de Fernandinho Beira-Mar no Comando Vermelho, no Rio.

As ações --a maior onda de ataques a policiais e postos das forças de segurança no Estado-- ocorreram em diferentes pontos de São Paulo.

Ataques em massa

Os crimes começaram horas depois de uma megaoperação de transferência em massa de presos --cerca de 700--, no interior. O objetivo seria isolar membros da facção criminosa.

Na tarde de sexta, oito integrantes do PCC haviam sido levados para o Deic para depor sobre uma suposta megarrebelião que estaria sendo planejada. O grupo deixou a unidade por volta das 8h30 deste sábado, mas o destino não foi confirmado --seria um presídio no interior.

Tensão

O governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), e os secretários da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, e da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, marcaram para o início da tarde deste sábado uma entrevista para falar sobre a onda de ataques atribuída ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

No início da madrugada, toda a cúpula da polícia se reuniu no quartel da Polícia Militar, na região da Luz, para avaliar a onda de ataques.

No início dos ataques, Marcola foi levado à sala do diretor do Deic, mas o teor da conversa não foi divulgado. Por meio de sua assessoria de imprensa, Bittencourt admitiu que Marcola conversou informalmente com policiais do Deic, mas negou que ele tenha prestado depoimentos formais.

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