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13/05/2006
-
13h30
LÍVIA MARRA
Editora de Cotidiano da Folha Online
JULIANA CARPANEZ
MARY PERSIA
da Folha Online
A facção PCC (Primeiro Comando da Capital) realizou entre a noite de sexta-feira (12) e a manhã deste sábado uma megaoperação criminosa no Estado de São Paulo. Membros da facção lançaram ao menos 55 ataques contra policiais em serviço e de folga, bem como promoveram rebeliões simultâneas no Estado. Ao menos 22 presídios e CDPs (Centros de Detenção Provisória) do interior paulista tinham, por volta das 13h, presos rebelados ou apresentaram início de motim. Há no mínimo cem reféns. As rebeliões ocorrem em dia de visitas, véspera do Dia das Mães.
Os crimes seriam uma resposta à decisão do governo do Estado de isolar líderes da facção criminosa, entre Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola, líder do PCC. Seu poder sobre o PCC em São Paulo é comparado ao de Fernandinho Beira-Mar no Comando Vermelho, no Rio.
Segundo levantamento da Secretaria de Segurança Pública, 25 pessoas morreram nos ataques --três PMs em folga, oito PMs em serviço, cinco policiais civis em folga, três guardas municipais em serviço, quatro agentes penitenciários em folga e dois civis --a namorada de um policial e uma possível vítima de bala perdida. Os mortos ainda não foram identificados. Outros cinco suspeitos morreram em confronto com a polícia, elevando para 30 o número de mortos nas ações.
Ataque coordenado
Do total de ataques, 28 tiveram como alvo policiais militares, enquanto outros 20 visavam policiais civis.
Há também registro de cinco civis feridos, segundo balanço parcial. Em entrevista coletiva --da qual participaram o governador Cláudio Lembo (PFL) e o secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho--, autoridades afirmaram que 16 suspeitos foram presos e cinco suspeitos morreram durante confrontos.
As ações ocorreram em diferentes pontos da cidade de São Paulo, litoral e interior.
Presídios
Entre as unidades rebeladas estariam as de Ribeirão Preto, Pirajuí, Mogi das Cruzes, Suzano, Araraquara, Lucélia, Lavínia, Marabá Paulista, Paraguaçu Paulista e Flórida Paulista. Não há informações de mortos e feridos nos presídios.
Transferência
A megaoperação começou nesta sexta-feira, horas depois da transferência em massa de presos --cerca de 700--, no interior de SP. O objetivo seria isolar membros da facção criminosa.
Na tarde de sexta, oito integrantes do PCC haviam sido levados para o Deic para depor sobre uma suposta megarrebelião que estaria sendo planejada. O grupo deixou a unidade por volta das 8h30 deste sábado, mas o destino não foi confirmado --seria um presídio no interior.
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JULIANA CARPANEZ
MARY PERSIA
da Folha Online
A facção PCC (Primeiro Comando da Capital) realizou entre a noite de sexta-feira (12) e a manhã deste sábado uma megaoperação criminosa no Estado de São Paulo. Membros da facção lançaram ao menos 55 ataques contra policiais em serviço e de folga, bem como promoveram rebeliões simultâneas no Estado. Ao menos 22 presídios e CDPs (Centros de Detenção Provisória) do interior paulista tinham, por volta das 13h, presos rebelados ou apresentaram início de motim. Há no mínimo cem reféns. As rebeliões ocorrem em dia de visitas, véspera do Dia das Mães.
Os crimes seriam uma resposta à decisão do governo do Estado de isolar líderes da facção criminosa, entre Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola, líder do PCC. Seu poder sobre o PCC em São Paulo é comparado ao de Fernandinho Beira-Mar no Comando Vermelho, no Rio.
Segundo levantamento da Secretaria de Segurança Pública, 25 pessoas morreram nos ataques --três PMs em folga, oito PMs em serviço, cinco policiais civis em folga, três guardas municipais em serviço, quatro agentes penitenciários em folga e dois civis --a namorada de um policial e uma possível vítima de bala perdida. Os mortos ainda não foram identificados. Outros cinco suspeitos morreram em confronto com a polícia, elevando para 30 o número de mortos nas ações.
Ataque coordenado
Do total de ataques, 28 tiveram como alvo policiais militares, enquanto outros 20 visavam policiais civis.
Há também registro de cinco civis feridos, segundo balanço parcial. Em entrevista coletiva --da qual participaram o governador Cláudio Lembo (PFL) e o secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho--, autoridades afirmaram que 16 suspeitos foram presos e cinco suspeitos morreram durante confrontos.
As ações ocorreram em diferentes pontos da cidade de São Paulo, litoral e interior.
Presídios
Entre as unidades rebeladas estariam as de Ribeirão Preto, Pirajuí, Mogi das Cruzes, Suzano, Araraquara, Lucélia, Lavínia, Marabá Paulista, Paraguaçu Paulista e Flórida Paulista. Não há informações de mortos e feridos nos presídios.
Transferência
A megaoperação começou nesta sexta-feira, horas depois da transferência em massa de presos --cerca de 700--, no interior de SP. O objetivo seria isolar membros da facção criminosa.
Na tarde de sexta, oito integrantes do PCC haviam sido levados para o Deic para depor sobre uma suposta megarrebelião que estaria sendo planejada. O grupo deixou a unidade por volta das 8h30 deste sábado, mas o destino não foi confirmado --seria um presídio no interior.
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