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15/05/2006
-
11h17
da Folha Online
O Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública convocou uma reunião de emergência para terça-feira (16) em Brasília para discutir a questão dos violentos ataques no Estado de São Paulo e traçar uma estratégia de ação e prevenção em outros Estados.
Segundo Glauberto Bezerra, promotor de Justiça e secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Norte, que preside o Consesp, no encontro--que acontece às 9h no Hotel Nacional de Brasília-- serão discutidas medidas como "o emprego da Força Nacional de Segurança Pública e mudanças na legislação penal".
"Ontem, fui contactado por vários secretários, que solicitaram uma reunião de emergência em Brasília. Nós trocaremos experiências e traçaremos estratégias de apoio entre os Estados, principalmente no âmbito da inteligência", disse Bezerra.
"Queremos mostrar que estamos unidos, esta é uma questão de Estado. Apresentaremos propostas de emergência, de médio e de longo prazo". Segundo ele, o Consesp está em contato com órgãos como a comissão de segurança da Câmara, o STF e o Ministério da Justiça.
De acordo com Bezerra, além de secretários de Estado, o presidente do Conselho Nacional de Comandantes Gerais também deve estar presente na reunião. Ele não soube informar se o secretário de segurança pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, estará presente no encontro. "Ele deve analisar essa possibilidade, devido à urgência da situação em São Paulo".
Ataques
Desde a última sexta-feira, mais de cem ataques atribuídos ao PCC (Primeiro Comando da Capital) foram registrados em diferentes pontos do Estado de São Paulo. Cerca de 70 pessoas morreram --entre policiais, guardas, agentes penitenciários, suspeitos --baleados em confrontos-- e presos mortos em rebeliões.
Além das ações contra as forças de segurança --a maior já ocorrida no Estado-- criminosos promoveram rebeliões em mais de 70 unidades, queimaram ônibus e agências bancárias.
Presos
No Nordeste, o único Estado afetado por ataques foi a Bahia mas, segundo Bezerra, os atentados não tinham ligação direta com os episódios ocorridos em São Paulo.
No entanto, segundo Bezerra, sete pessoas presas em Recife nesta segunda-feira teriam ligação com o PCC, segundo Rodney Miranda, secretário de segurança do Pernambuco.
Na reunião, também deverão ser discutidas mudanças na legislação penal. "Hoje, um bandido comete os crimes e recebe pena de 19 anos, apenas seis no presidio, queremos a certeza do cumprimento da pena, esta é a melhor prevenção".
Para o secretário, o Estado não deveria intervir diretamente nos Estados neste momento. "A situação deve ser avaliada, temos uma força nacional, o Exército tem condições para, se necessário, manter a lei e a ordem. As rebeliões estão sendo controladas, mas é preciso analisar a evolução do crime organizado. O Brasil tem condições de controlar a situação da segurança, é isso que queremos discutir".
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O Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública convocou uma reunião de emergência para terça-feira (16) em Brasília para discutir a questão dos violentos ataques no Estado de São Paulo e traçar uma estratégia de ação e prevenção em outros Estados.
Segundo Glauberto Bezerra, promotor de Justiça e secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Norte, que preside o Consesp, no encontro--que acontece às 9h no Hotel Nacional de Brasília-- serão discutidas medidas como "o emprego da Força Nacional de Segurança Pública e mudanças na legislação penal".
"Ontem, fui contactado por vários secretários, que solicitaram uma reunião de emergência em Brasília. Nós trocaremos experiências e traçaremos estratégias de apoio entre os Estados, principalmente no âmbito da inteligência", disse Bezerra.
"Queremos mostrar que estamos unidos, esta é uma questão de Estado. Apresentaremos propostas de emergência, de médio e de longo prazo". Segundo ele, o Consesp está em contato com órgãos como a comissão de segurança da Câmara, o STF e o Ministério da Justiça.
De acordo com Bezerra, além de secretários de Estado, o presidente do Conselho Nacional de Comandantes Gerais também deve estar presente na reunião. Ele não soube informar se o secretário de segurança pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, estará presente no encontro. "Ele deve analisar essa possibilidade, devido à urgência da situação em São Paulo".
Ataques
Desde a última sexta-feira, mais de cem ataques atribuídos ao PCC (Primeiro Comando da Capital) foram registrados em diferentes pontos do Estado de São Paulo. Cerca de 70 pessoas morreram --entre policiais, guardas, agentes penitenciários, suspeitos --baleados em confrontos-- e presos mortos em rebeliões.
Além das ações contra as forças de segurança --a maior já ocorrida no Estado-- criminosos promoveram rebeliões em mais de 70 unidades, queimaram ônibus e agências bancárias.
Presos
No Nordeste, o único Estado afetado por ataques foi a Bahia mas, segundo Bezerra, os atentados não tinham ligação direta com os episódios ocorridos em São Paulo.
No entanto, segundo Bezerra, sete pessoas presas em Recife nesta segunda-feira teriam ligação com o PCC, segundo Rodney Miranda, secretário de segurança do Pernambuco.
Na reunião, também deverão ser discutidas mudanças na legislação penal. "Hoje, um bandido comete os crimes e recebe pena de 19 anos, apenas seis no presidio, queremos a certeza do cumprimento da pena, esta é a melhor prevenção".
Para o secretário, o Estado não deveria intervir diretamente nos Estados neste momento. "A situação deve ser avaliada, temos uma força nacional, o Exército tem condições para, se necessário, manter a lei e a ordem. As rebeliões estão sendo controladas, mas é preciso analisar a evolução do crime organizado. O Brasil tem condições de controlar a situação da segurança, é isso que queremos discutir".
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